Começa a retirada de ambulantes das ruas de Divinópolis

Medida foi anunciada semana passada; não havia vendedor nas ruas ontem

Da Redação

A Prefeitura de Divinópolis começou ontem, 10, o trabalho de retirada dos vendedores ambulantes nas calçadas da região central. A concentração maior é na avenida 1º de Junho e rua Goiás.

Nessas visa, costumam ser vendidos os mais diversos produtos. Segundo os críticos do comércio ambulante, além de prejudicar as vendas dos lojistas, atrapalha pedestres que precisam passar pelas calçadas.

As equipes começaram o trabalho durante a manhã de ontem, coordenadas por fiscais de posturas e com o apoio operacional de agentes de trânsito, policiais militares e representantes da Vigilância Sanitária.

A ação, segundo a Prefeitura, será permanente, incluindo aos sábados, quando o número de vendedores aumenta significativamente ao ser reforçado por pessoas que vêm de cidades como Contagem e Belo Horizonte.

Prevenção

Durante cerca de dez dias, fiscais fizeram um trabalho educativo, informando à população e aos próprios ambulantes sobre a retirada. Também foram colocadas faixas ao longo das principais avenidas da cidade comunicando a data limite.

Os envolvidos na ação se reuniram, por volta das 7h30, na unidade da Polícia Militar, na rua Pernambuco, Centro, de onde saíram. A opção em sair este horário é porque os vendedores começam a atuar mais tarde.

— Não queremos qualquer tipo de confronto ou mesmo sair correndo atrás de ambulantes — destacou o secretário de Planejamento Urbano e Meio Ambiente, Cléver Greco, ressaltando que a prioridade não é a apreensão de mercadorias, mas a garantia de caladas livres para a população.

O trabalho seguirá durante todo o horário comercial.

A causa

O início da ação foi uma resposta aos inúmeros pedidos e reclamações da população, que estava com a circulação na área central comprometida por causa da quantidade de barracas instaladas nos passeios.

Representantes do comércio local chegaram a montar uma comissão para acompanhar de perto a situação e solicitar providências.

Audiência

A situação do comércio informal foi caracterizada pela Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) e pela Câmara Municipal como “comércio ilegal” e teve muitos episódios, incluindo uma audiência pública.

O encontro foi realizado na Casa no dia 22 do mês passado e debateu situações que cercam o problema,        quando se constatou que a venda informal nas ruas desagrada tanto camelôs e lojistas quanto as pessoas com dificuldades de locomoção.

Na oportunidade, servidores da Secretaria Municipal de Meio Ambiente que atuam na fiscalização de posturas, por outro lado, mandaram recado, alertando que, nas condições precárias atuais, sem veículos e recursos humanos, não tinha como fiscalizar, pois nem local para apreender mercadorias existe. No dia da audiência, o prefeito Galileu Machado (PMDB) autorizou publicação de decreto revogando ato anterior que atribuía a função de fiscalizar também aos agentes de trânsito.

Depois de tantas cobranças e debates, a Prefeitura marcou para ontem o início da fiscalização, mas avisou com faixas espalhadas pelas vias centrais.

Comércio

Além da retirada dos ambulantes, os fiscais comunicaram aos lojistas que irão promover uma fiscalização para conter a poluição sonora das lojas que instalam caixas de som nas portas, o que é proibido por lei. Quem insistir neste tipo de prática poderá ter o material apreendido, além de ser notificado.

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