Cmed autoriza alta no preço dos remédios

Aumento, que tinha previsão para ocorrer só no fim do mês, já pode ser praticado

Da Redação 

A semana começou com más notícias para o consumidor, que há mais de um ano convive com a pandemia e suas consequências, como o desemprego. A Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed) autorizou o aumento de até 4,88% nos preços de remédios, reajuste que já pode ser aplicado pelas farmacêuticas, visto que a adequação já foi publicada no Diário Oficial da União de ontem.

Tradicionalmente o aumento nos medicamentos sempre era liberado no fim de março, para vigência a partir de 1º de abril, mas neste ano a Cmed, que é um órgão composto pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Amvisa) e pelos ministérios da Saúde, da Casa Civil, da Economia e da Justiça, antecipou a data. Tal prática é referente ao aumento anual dos preços na tabela dos produtos vendidos no Brasil e com autorização do Governo Federal. 

Aumentos 

O reajuste não representa um aumento automático nos preços, mas um limite máximo. No caso de Divinópolis, que tem uma farmácia em cada esquina, as empresas  podem optar pela aplicação do índice total ou menor,  dependendo de sua estratégia comercial. Assim, cabe ao consumidor pesquisar as melhores ofertas de medicamentos utilizados. 

— De acordo com cada estabelecimento, levando em conta sua reposição de estoques e das estratégias comerciais, o aumento a ser praticado pode demorar alguns dias — avaliou o gerente de uma farmácia no Centro da cidade, Hyago Saldanha.

Concorrência 

Ninguém gosta de comprar mais caro e, em se tratando de concorrência livre, a recomendação é que o consumidor faça a pesquisa, pois muitas drogarias devem demorar um pouco mais a repassar o aumento. 

— Como uso medicamentos há anos, sei que geralmente eles sobem em abril e neste ano o reajuste veio mais cedo. Trato de uma doença rara chamada amilóidose, tomo uma série de medicamentos ao longo dos últimos seis anos. Assim, já estou calejada em pesquisar preços e peço até o desconto dado pelo laboratório, e, se não conseguir, tento em outras drogarias. Por exemplo, eu tomo o anticoagulante Xarelto, que custa em média, sem este aumento, em torno de R$ 230 uma cartela com 28 comprimidos. Fazendo uso da pesquisa, o preço dele cai até uns R$ 218, que já é uma boa diferença. Em média, eu gasto uns R$ 350 mensais com medicamentos — detalhou a aposentada Maria Aparecida Costa.      

 

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