Chikungunya volta a gerar preocupação

Divinópolis registra dois casos confirmados; MG tem cinco mortes

Rafael Camargos

A febre chikungunya segue causando preocupação. Já são cinco mortes no estado neste ano. Em Divinópolis, a Secretária Municipal de Saúde (Semusa) recebeu seis notificações da doença. Destas, quatro foram descartadas e duas foram confirmadas. Em todo o ano de 2016, dos 16 casos registrados, apenas um foi confirmado na cidade.

Um dado a ser levado em consideração é que o boletim epidemiológico divulgado pela Secretária de Estado de Saúde (SES) esta semana mostra quatro óbitos pela febre em Minas. Há duas semanas, o órgão havia evidenciado o falecimento do primeiro paciente vítima da doença.

Todas as cinco mortes confirmadas até o momento ocorreram no município de Governador Valadares. Estes são os primeiros registros de óbitos causados pela febre chikungunya em Minas Gerais.

Os primeiros casos confirmados da doença no estado são de 2014. Naquele ano, houve 18 notificações, mas todas foram de pessoas infectadas fora do estado. Somente no ano passado, as primeiras transmissões de febre chikungunya em território mineiro foram confirmadas.

Casos suspeitos

Ainda estão em análise outras 15 mortes, das quais 11 foram em Governador Valadares. Outras duas ocorreram em Teófilo Otoni, uma em Central de Minas e uma em Cuparaque. Ao todo, o número de casos prováveis da doença no estado em 2017 é de 17.510.

A doença

A febre chikungunya é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, mesmo vetor da dengue e do vírus Zika. Os sintomas surgem entre dois e 12 dias após a infecção. A vítima pode ter febre alta, dores intensas nas articulações e nos músculos, dor de cabeça, cansaço, mal-estar e manchas vermelhas na pele. Uma vez curada, a pessoa fica imunizada para o resto da vida. Não há vacina e a principal medida de prevenção é o combate ao mosquito, sobretudo com a eliminação dos seus criadouros.

Dengue

O boletim da secretaria também mostrou que o estado já contabiliza sete mortes por dengue em 2017. Há ainda 17 mortes em análise. Ao todo, o estado registrou neste ano 25.607 casos prováveis da doença, o que representa uma queda em relação ao ano passado: em junho de 2016, Minas Gerais já registrava mais de 500 mil casos.

O número de infectados pelo vírus Zika também caiu. Até o momento, os municípios mineiros possuem 873 casos prováveis. Neste mesmo período do ano passado, já eram quase 14 mil casos.

 

 

 

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