Cheiro verde

Wagner Penna

A corrida para mostrar o suave “cheiro verde” da sustentabilidade no circuito da moda & beleza alcança velocidade nunca antes imaginada. Depois do vestuário ‒ com quase todas as grifes se engajando na chamada economia circular e aderindo ao reuso amplo e irrestrito das peças ‒, agora o circuito dos cosméticos entra nesse jogo positivo.

Só para ficar entre as marcas brasileiras, basta citar que a Natura é importante player no assunto. A empresa ‒ que tem no seu portfólio marcas como Avon ‒ está em campanha para resgate de suas embalagens. Para isso, instalou, com a parceira TerraCycle, pontos de coletas em suas lojas ‒ onde a cliente que apresentar cinco embalagens vazias dos seus produtos recebe de volta uma unidade nova.

Também a Boticário já pratica ações deste tipo,  recebendo embalagens de qualquer marca e destinando o lixo plástico à reciclagem apropriada, algo que já beneficia 31 cooperativas. No exterior, várias marcas de beleza já entraram nesse ritmo, tais como a inglesa The Body Shop, que foi comprada pela Natura, e a canadense M.A.C.

Tudo pelo bem do nosso planeta. Amém!

VAIVÉM

  • Na última semana, o zum-zum-zum no circuito da moda foi de que a rede de lojas de vestuário C&A estaria colocando à venda suas operações no Brasil. Depois de um discreto desmentido da empresa holandesa, as suspeitas aumentaram ainda mais. No México, já foi vendida.
  • Com o crescimento de vendas on-line, os comerciantes  de moda estão multiplicando os meios de vendas para o Natal – o chamado omnichanel. A saber: a maioria montou estratégias para a loja física, mas também de comunicação com o cliente virtual e garantir boas vendas via celular.
  • E, por falar em celular, esse é o item mais desejado paras as compras do Black Friday – a sexta-feira de liquidações que acontece em novembro. Desta vez, a moda não entrou na lista dos três primeiros objetos do desejo dos consumidores. Perdeu para celular, para os eletrodomésticos e outros.

Ponto Final 

E novembro vai chegar com pegada fashion. Tudo por conta da São Paulo Fashion, que vai ao ar entre os dias 4 e 8, toda em formato virtual. Nesta semana, o  evento confirmou que os desfiles serão digitais,  transmitidos ao vivo. São 36 marcas, sendo seis delas estreando alí: ALG (do Alexandre Herchcovictch), Freiheit, Rita, Martins, Misci e Renata Buzzo. A nova estrutura é a cara do Brasil 21: abertura  na popular praça do Anhagabaú, os desfiles serão mostrados em empenas no centro paulistano e reforçando a ideia de que “a rua é muito rica”. 

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