Cemitério da Paz: Comissão Especial colhe informações com familiares

Da Redação

A Comissão Especial da Câmara de Divinópolis que acompanha as investigações do deslizamento dos túmulos do Cemitério da Paz, em Divinópolis, realizou na última sexta-feira, 24, encontro com a associação das famílias atingidas para colher informações e novos esclarecimentos sobre o caso. Durante o encontro, o segundo realizado pela Comissão para apurar os fatos, a presidente da Associação das Famílias, Andreia Maciel Rocha, relatou a tentativa de negociações com a empresa responsável pela obra, mas sem sucesso. Segundo Andreia, a partir desse fato, a associação que reúne os familiares foi criada e uma Ação Civil Pública, que ainda segue em tramitação, foi impetrada na Justiça.

Em entrevista, o vereador Roger Viegas (Republicanos) informou que a Comissão tem o prazo de 90 dias para a conclusão dos trabalhos. Agora, o colegiado aguarda os documentos já solicitados à Prefeitura de Divinópolis.

— Os trabalhos começaram com o pedido de esclarecimento à Prefeitura e empresa responsável pela obra. No entanto, nenhuma documentação ainda foi recebida pela comissão. Ouvimos a presidente da associação que foi criada pelas famílias, que relatou todos os problemas enfrentados para tentar achar uma solução para o problema. Nenhum plano de ação foi proposto pela Prefeitura. A comissão vai ouvir ainda o representante das empresas e da Prefeitura, para dar a outra versão dos fatos. Após a análise dos fatos e de toda a documentação, a comissão emitirá o relatório final, que deverá ser encaminhado para o Ministério Público — ressaltou.

Roger afirmou ainda que a comissão está lidando com algo inédito e que se trata de uma situação muito complexa.

— O meu desejo é que tenhamos um parecer o mais rápido possível, pois nada ameniza a dor e o sofrimento das famílias. Não confio no Executivo e muito menos na construtora. Vou pressionar ao máximo para que as “forças ocultas” não atrapalhem o trabalho e nem interfiram nas ações. Vamos trabalhar para que a justiça seja feita — concluiu.

O advogado Diego Ribeiro, um dos representantes das famílias, afirmou que a associação acredita que essa comissão auxilie na apuração dos responsáveis ou na resolução do problema.

— Explicamos todos os processos já percorridos, as reuniões que já aconteceram com os representantes do Município, da empresa e também da família Martins. Nós ressaltamos também a importância de o Ministério Público atuar como fiscal da lei, sobretudo sobre o problema ambiental, da contaminação do solo, pela defesa do patrimônio público, pela defesa do patrimônio histórico e também cultural. Nós acreditamos que a partir destas reuniões iremos solucionar este grande problema — concluiu.

Participaram os vereadores integrantes do colegiado, Roger Viegas (Presidente), Renato Ferreira (Relator), Marcos Vinícius (membro), a procuradora geral da Câmara Municipal, Karoliny Faria, a representante das famílias, Andreia Maciel Rocha, e o advogado Diego Ribeiro.

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