Cavalo paraguaio?

Batendo Bola 

José Carlos de Oliveira 

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Está pintando o maior cavalo paraguaio do futebol brasileiro? No campeonato nacional, é o Corinthians contra todos... e todos contra o Corinthians. E para falar a verdade, nem mesmo os próprios corintianos dão como garantida a conquista do título, agora. O que antes parecia ‘favas contadas’ já não é mais. E nem tanto pelos maus resultados do time, mas principalmente pela péssima qualidade do futebol apresentado por seus jogadores, que não jogam nada já há muitas rodadas.

Caindo na real 

E já não era sem tempo. O que não podia era este time horroroso levar a taça sem fazer grande esforço, com uma mão nas costas, como ele fez muita gente acreditar no turno. Sua vantagem até aqui foi ter feito uma primeira metade de campeonato surreal e a ruindade de seus oponentes. Time por time, o tal de Corinthians não tem bola nem para estar na parte de cima da tabela, o que dirá então de ser favorito ao título. Mas como em futebol nem sempre as verdades são realidade, eles ainda têm enormes chances de levantar a taça.

 Mas...

 ...que não comemorem antes da hora. As próximas quatro rodadas serão cruciais para o futuro do tal de Corinthians. O time terá quatro duelos decisivos pela frente – Grêmio (c), Botafogo (f), Ponte Preta (f) e Palmeiras (c) – e pode definir seu futuro a partir daí. Mantendo uma boa vantagem sobre os rivais, encaminha o título. Ocorrendo o inverso, vai despencar de vez e dará adeus à taça. E não adianta ninguém chiar.

 MANGUEIRAS BRASIL 

Briga de cachorro grande 

A ‘briguinha’ de palavras entre o ex-presidente do Atlético, Alexandre Kalil, e os atletas que participaram do movimento ‘Bom Senso’, que lutavam por um futebol brasileiro melhor, esquentou o final de semana, com os jogadores rebatendo o ex-dirigente do Galo em um programa esportivo de tv a cabo.

Kalil é Kalil 

Dias atrás, o ex-presidente do Atlético fez aquilo que todos conhecem e sabem dele. Usou a mesma emissora para ‘cutucar’ os atletas do Bom Senso – “Um bando de aposentados, sem mercado, fazendo gracinha para meia dúzia que caíram na onda deles”. E não poderia se esperar nada diferente do dirigente. Kalil será sempre Kalil. Ele não mede as palavras para defender seus pontos de vista. Sem temer cara feia, ele coloca o dedo em muitas feridas – nem sempre com a razão – e faz muitos refletirem sobre alguns fatos.

O troco

Agora veio a resposta. O mais exaltado de todos eles, era o zagueiro Paulo André, que só faltou chamar Kalil para o braço.

“Cara, eu não sei se vale a pena responder. Eu não respeito esse senhor, eu acho ele... A discussão que ele levanta é extremamente superficial, ou seja, é populista, ele quer é fazer barulho, quer chamar a atenção. São frases idiotas e não vale a pena responder”.

Kalil x Bom senso 

Quem está com a razão? Perguntinha danada de idiota. Agora sim, é hora de parar e refletir sobre o assunto. O Bom Senso já não existe, e em campo a seleção deu uma melhorada, fazendo muitos acreditarem que as coisas enfim estão entrando nos eixos. Mas todo cuidado é pouco. Não há como ficar de um lado ou outro. O que pode parecer uma verdade, muitas vezes esconde muita lama.

A verdade

 A única realidade palpável, à vista de todos, e que precisa ser encarada de frente, é a de que não dá imaginar o futebol brasileiro olhando apenas para a seleção e os grandes clubes. A solução tem que ser encontrada olhando de baixo para cima e não o inverso. É com os jogadores desempregados e os pequenos clubes que todos devem se preocupar. Não há meio termo nesta história. Ajudar os pequenos, esta é a única e possível solução. O resto é apenas conversa de quem só olha para o próprio umbigo, sem se preocupar com mais ninguém. 

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