Casos de dengue aumentam em Divinópolis

Maria Tereza Oliveira

Nos primeiros 24 dias do ano, Divinópolis registrou 12 casos de dengue, ou seja, um a cada dois dias. Ano após ano, a dengue assombra a população e, mesmo conhecimentos de como prevenir a proliferação do mosquito transmissor, os focos continuam se multiplicando.

O Aedes aegypti, mosquito transmissor, não só da dengue, como também de doenças como zika, chikungunya e febre amarela, se reproduz mais facilmente com calor e água parada. O verão tropical se torna o ambiente perfeito para o mosquito e por isso é tão importante manter-se alerta com água parada.

2018

No mesmo período do ano passado, foram registrados nove casos da dengue no Município, enquanto em 2019 já são 12. Ou seja, em relação à 2018, teve acréscimo de 1/3.

Liraa

De acordo com a Prefeitura, os bairros com mais índices da doença, até o momento, são Belvedere, Catalão, Icaraí, Nações, Niterói, Nossa Senhoras das Graças, Padre Eustáquio, Realengo, Santo Antônio, Santo Antônio dos Campos, e São Roque.

Entre os dias 7 e 11 de janeiro, o Município realizou o Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (Liraa). Segundo os dados coletados, a cidade está com alto risco de epidemia de dengue, com 5,9% de índice de infestação. Segundo o Ministério da Saúde, acima de 4% já é considerado risco alto.

Os agentes de saúde visitaram 4.943 imóveis na cidade e em 294 foram encontrados focos do mosquito, sendo 90% em residências e outros 10% em lotes vagos. A maioria dos focos foi localizada em baldes, latas, recipientes de plástico e pneus, representando 38,6%.

As regiões com alto risco são Nordeste (9,7%), Norte (7,7%), Central (7,1%) e Sudeste (6,2%). Em média epidemia está a região Oeste (3,9%) e Sudoeste (2,4).

Ações

Para combater o Aedes aegypti, a Secretaria Municipal de Saúde (Semusa), por meio da Vigilância em Saúde, implanta a segunda “equipe de bloqueio” contra a dengue.

De acordo com o Município, a equipe começou a atuar na segunda quinzena de janeiro e trabalha conforme as notificações recebidas pela Vigilância Epidemiológica de pessoas com sintomas de dengue, zika ou chikungunya.

— A equipe vai até o endereço informado e realiza ações de pulverização por bombas apropriadas de inseticida que age no mosquito. A pulverização tem uma ação pequena, quando considerado o tempo: menos de 12 horas — justificou.

Multirão

O Executivo também revelou que amanhã será realizado um mutirão de limpeza contra o Aedes aegypti, entre 8h e 12 horas, em quatro bairros: Serra Verde, Conjunto Habitacional Osvaldo Machado Gontijo, Alto das Oliveiras e Nossa Senhora da Conceição receberão a ação.

Prevenção

Apesar de ser um assunto comentado, a prevenção muitas vezes é deixada de lado, o que facilita a proliferação do mosquito.

De acordo com o Liraa, foram encontrados os focos em 38,6% em baldes, latas e recipientes de plásticos e pneus.  Pratos e vasos de plantas, pingadeiras, bebedouros de animais e planta aquática respondem por 26,4% do total de focos encontrados. Ralo, caixa de passagem, sanitário em desuso e fonte ornamental totalizaram 19,3%. Já caixa d’agua, tanque, poço, tambor e manilha são 14,9%. Em 0,8%,  estavam depósitos naturais, como bromélia.   

É importante lembrar de ações simples, como tampar caixas d’águas, deixar garrafas com a boca para baixo e, se o terreno for propenso ao acúmulo de água, realizar a limpeza e drenar o líquido.

Outras medidas de prevenção incluem limpar bem piscinas, aquários, calhas e acumuladores de água. Colocar areia em vasos de plantas também ajudar a evitar o acúmulo de água e, consequentemente, um foco da dengue.

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