Carga tributária é o maior entrave da construção

Pablo Santos

 A Sondagem da Indústria da Construção de Minas Gerais apontou os principais entraves do setor. Apesar dos problemas enfrentados, a intenção do empresariado mineiro cresceu, apontou a pesquisa da Federação das Indústrias de Minas Gerais.  

No quarto trimestre do ano passado, a elevada carga tributária permaneceu como o maior problema enfrentado pela indústria da construção, com 39,5% das assinalações. O item recebeu mais citações que na pesquisa anterior (36,4%), quando também ficou na primeira posição no ranking.

A demanda interna insuficiente recebeu 28,9% das marcações, passando da terceira posição, na pesquisa anterior, para a atual segunda colocação. A inadimplência dos clientes (23,7%) alcançou o terceiro lugar, subindo duas posições em relação ao trimestre anterior.

Em contrapartida, o índice de intenção de investimento cresceu 2,4 pontos em janeiro, registrando 44,5 pontos.

Na comparação com janeiro de 2019 (36,6 pontos), o indicador aumentou 7,9 pontos e foi o melhor para o mês em seis anos.

Insumos

Ainda de acordo com a pesquisa, os empresários da construção também esperam expansão das compras de insumos e matérias-primas, conforme indicador de 56,7 pontos em janeiro. O índice aumentou 0,7 ponto em relação a dezembro (56,0 pontos) e 0,3 ponto na comparação com janeiro de 2019 (56,4 pontos), e foi o mais elevado para o mês em oito anos.

O indicador de novos empreendimentos e serviços registrou 54,8 pontos em janeiro, avanço de 1,2 ponto em relação a dezembro (53,6 pontos). O índice mostrou, pelo oitavo mês seguido, que os construtores esperam crescimento da oferta de novos empreendimentos e serviços nos próximos seis meses. Contudo, o indicador recuou 1,8 ponto frente a janeiro de 2019 (56,6 pontos).

O índice de evolução do número de empregados registrou 55,4 pontos em janeiro, com pequena queda de 0,2 ponto na comparação com dezembro (55,6 pontos). O indicador permanece há 14 meses acima de 50 pontos, sinalizando expectativa de aumento das contratações no curto prazo. O indicador recuou 0,9 ponto frente a janeiro de 2019 (56,3 pontos).

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