Capacidade instalada aponta sinais de recuperação

Em Minas Gerais, os dados estão abaixo da média histórica, aponta Fiemg

Pablo Santos

A pesquisa de sondagem industrial da Confederação Nacional da Indústria (CNI) apontou avanço da Utilização da Capacidade Instalada (UCI) da indústria brasileira. De acordo com os dados, o índice cresceu 1 ponto percentual em relação a setembro e alcançou 70% em outubro, o maior nível desde novembro de 2014, quando foi de 73%. Já em Minas Gerais, o indicador se manteve estável.

Conforme os números da CNI, o processo de recuperação começa a caminhar.

Cada vez mais aumentos adicionais da demanda irão se traduzir em aumento da produção e da utilização da capacidade instalada, realimentando o processo de recuperação. A maior utilização da capacidade instalada é fundamental para a aceleração e continuidade da recuperação da economia brasileira, à medida que estimula novas contratações e investimentos — afirma a pesquisa.

Ainda de acordo com a sondagem industrial, a produção do setor também aumentou frente a setembro e atingiu 55,2 pontos em outubro. Tradicionalmente, observa a CNI, a produção cresce neste período do ano. Mas o índice de 55,2 pontos é o maior para o mês de outubro desde 2010, quando começou a série histórica. O emprego ficou em 49,5 pontos, muito próximo da linha divisória dos 50 pontos.

Outro dado positivo de outubro foi o ajuste dos estoques. O índice de estoque efetivo em relação ao planejado caiu 0,3 ponto no mês passado frente a setembro e ficou em 51,1 pontos, quase em cima da linha divisória dos 50 pontos. Isso indica que os estoques estão praticamente dentro do planejado pelos empresários. Em Minas Gerais, os dados de setembro apontam estabilidade.

Estado

Já em Minas Gerais, de acordo com a Fiemg, a UCI da indústria geral manteve-se praticamente estável em setembro, marcando 80,2%. A ligeira queda de 0,1 ponto percentual (p.p.) frente a agosto (80,3%) foi explicada pelo recuo de 0,3 p.p. na indústria de transformação. Vale destacar que o indicador segue abaixo de sua média histórica, de 82,9%.

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