Capacidade da indústria em Minas Gerais abaixo da média histórica

Pablo Santos

A capacidade instalada da indústria em Minas Gerais opera abaixo da média histórica. A retração nas indústrias de transformação e extrativa é responsável pelo desempenho. Já na indústria nacional, os números apontam diferenças nas comparações anuais.

A capacidade é traduzida como o limite da produção ou a capacidade máxima de produção de uma fábrica. É a quantidade de unidades de produto que as máquinas e equipamentos instalados são capazes de produzir.

Em Minas Gerais, a utilização marcou 80,3% em janeiro, queda de 1,1 ponto percentual (p.p.) em relação a dezembro (81,4%), de acordo com os dados da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg).

— Contribuíram para o recuo as retrações nas indústrias de transformação (-1,1 p.p.) e extrativa (-0,1 p.p.). Vale ressaltar que a utilização da capacidade instalada segue abaixo de sua média histórica (82,8%) — destacou o relatório técnico da Fiemg.

No Brasil, a Utilização da Capacidade Instalada (UCI) ficou em 67% em janeiro de 2020. O percentual se iguala ao registrado em janeiro de 2015 e supera todos os outros observados no mesmo mês dos anos subsequentes (2016-2019). Por outro lado, o índice é inferior ao registrado em meses de janeiro em anos anteriores à recente crise, entre 2011 e 2014 (70% em média).

— O índice de UCI efetiva em relação ao usual subiu 0,6 ponto e alcançou 45,3 pontos. O indicador encontra-se 2,3 pontos acima do registrado em janeiro de 2019 e 3,6 pontos acima de sua média histórica — revelou a nota técnica da Confederação Nacional da Indústria (CNI).  

Recuperação

A nota técnica da Fiemg aponta para 2020 expectativa de recuperação um pouco mais robusta da economia, em um ambiente mais favorável ao consumo, com inflação controlada, avanço do crédito e retomada gradual do emprego.

— Vale ressaltar, contudo, que esse cenário mais oportuno não é suficiente para sustentar um crescimento vigoroso da atividade industrial, o que torna imprescindível a realização de reformas estruturais, especialmente a tributária — concluiu. 

 

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