Campanha em Divinópolis alerta sobre riscos da automedicação

Da Redação

Em meio à pandemia da covid-19, podem ser acompanhadas inúmeras divulgações sobre o uso de medicamentos no tratamento e, até mesmo, na prevenção da doença. Vários canais de comunicação e perfis nas redes sociais estão disseminando informações equivocadas. Ainda não há evidências científicas que comprovem a eficácia de qualquer produto no combate imunológico ao coronavírus. Todas as informações publicadas acerca do assunto não são apoiadas pelas sociedades médicas de infectologia, pneumologia, medicina intensiva, entre outras.

Devido este novo risco à saúde da população, a Prefeitura de Divinópolis, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, a Vigilância Sanitária e Comitê de Enfrentamento ao Coronavírus, iniciam a campanha contra a automedicação.

— É muito importante que qualquer tratamento seja orientado e devidamente acompanhando por um profissional na área da Saúde. Além disso, o Comitê de Enfrentamento ao Coronavírus não indica o uso da hidroxicloroquina e ivermectina para tratamento da covid-19 — informou a Prefeitura.

A médica infectologista Rosângela Guedes explica a essencialidade da qualidade do atendimento e a confiança no especialista para ter sucesso durante a recuperação.

— É necessária uma avaliação médica criteriosa, acompanhada da realização de exames, antes do uso de qualquer substância farmacológica. É preciso ter muito cuidado, pois, até o momento, não existem medicamentos específicos que sejam realmente efetivos no tratamento ou prevenção do coronavírus — ressaltou a médica.

Alguns estudos apresentaram a eficácia do uso de corticoides, mas apenas em pacientes com o quadro clínico mais grave e que necessitam da oxigenioterapia para enfrentar a doença. Medicamentos antiparasitários, como ivermectina e nitazoxanida, indicam possível atividade in vitro, entretanto ainda não há comprovação da eficácia em seres humanos infectados pelo coronavírus. É possível analisar que até mesmo os estudos mais avançados acerca do tratamento e prevenção da covid-19 ainda não possuem resultados adequados e confiáveis sobre o uso de qualquer produto preexistente no mercado.

Segundo o secretário Municipal de Saúde, Amarildo Sousa, é necessário que a população entenda os riscos da automedicação.

— O uso de remédios sem prescrição médica ou seu uso de maneira incorreta ou irracional pode causar reações alérgicas, dependência e vício ou até mesmo o falecimento. O médico especialista é o único responsável em que você deve depositar confiança, pois estamos nos referindo a nossa vida. Evite riscos desnecessários à sua saúde —esclarece.

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