Cadê a música?

Welber Tonhá

Saudades dos tempos em que tínhamos músicas ao ar livre, nas praças do Santuário (Benedito Valadares) e da Catedral (Dom Cristiano). Saudades da música nas ruas, com a Rua do Rock, dos festivais como Grito do Rock, Boa Praça, Casa Du Rock, das festas da Zélia Brandão, do Keminho, do Joy e do Bezerro, saudades da Festa da Cerveja, da Divina Folia e da Divinaexpô, saudades do Zeppelin, saudades até das festas e shows que não fui. 

E as feiras e exposições?

Com essa pandemia e onde colorida ‒ cada vez mais mórbidas em seu tom (amarelo, vermelho, roxo...) ‒ as feiras de artesanato, literárias como a Flid, os saraus, as exposições, as mostras e até as feirinhas clandestinas de bugigangas fazem falta.

Sinto abstinência de arte 

Quantas vezes deixamos de ir a um show, evento, exposição, peça de teatro, ou mesmo um simples sarau, pensando “No próximo eu vou”? Quantas vezes ficamos menos em um evento para ir embora mais cedo ver TV, descansar, ficar em casa? Eu sei que ficar em casa é bom, mas ficar por opção ‒ agora, ficar por obrigação, por conta de uma pandemia, por não ter onde ir, ou ser perigoso ir, isso é complicado, me faz lembrar daquela peça de teatro que eu assistiria novamente, daquele show no Zeppelin que não fui por estar um pouco cansado, daquele aniversário que deixei de ir, e essas coisas não voltam, não voltam tão cedo. Quanto menos tivermos consciência de que, se não fizermos algo AGORA, talvez não tenhamos mais aquela banda para curtir, aquele grupo de teatro, artista plástico, músico ou artesão para prestigiar, simplesmente porque podem ter partido, levado pela onda da pandemia.  A minha abstinência de aglomerar em um teatro ou casa de espetáculo, de pular ao som de rock, curtir um carnaval do Bloco do Cléo, do Bloco dos Caveiras, ou mesmo nos clubes Estrela e Divinópolis Clube, tem que esperar, esperar para existir.

 Arquivo Público

Em resposta ao meu questionamento da semana passada, foi me informado extraoficialmente que o Arquivo Público terá seu destino na Estação da Cultura, onde hoje estão a Secretaria de Cultura e de Esportes.

Poesia divinopolitana no Sul 

Cláudio Guadalupe teve sua poesia “FADO” publicada no Jornal Letras Santiaguenses, de Santiago, no Rio Grande do Sul, semana que vem publico um trecho dela para vocês.

Indicação de livros

O livro indicado desta semana pela Boutique do livro é “Humanidade, Uma História Otimista do Homem”, de Rutger Bregman. A obra nos traz uma reflexão de que, se acreditarmos na bondade e no altruísmo da humanidade, isso formará uma base para alcançarmos uma verdadeira mudança na sociedade.

Já o livro indicado pela Loreto Bookstore é “DNA da Cocriação, Sintonize Seu Novo Eu”, de Elainne Ourives, que traz um texto no qual existe outra realidade em que você já é o que você sonha. Ela está em sobreposição quântica, esperando você criar essa realidade.

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Welber Tonhá e Silva 

Historiador, escritor, pesquisador, fotógrafo e fazedor cultural.

Instagram: @welbertonha

 

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