Bebidas e metalurgia derrubam arrecadação de ICMS na região

 

Pablo Santos

A arrecadação de Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias (ICMS) caiu 3,7% em 2016 no Centro-Oeste influenciado pelos setores de bebidas e metalurgia. Juatuba e Divinópolis, de acordo com os dados da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), são os dois principais municípios da região com maior volume de contribuição. Por outro lado, Bambuí foi o município com o maior crescimento na arrecadação no ano passado quando se compara com o exercício anterior. Os números de 2017 ainda não foram divulgados.

O Centro-Oeste foi responsável por gerar para o Governo de Minas Gerais R$ 1,294,2 bilhão de ICMS em 2016. Deste valor, Juatuba é a cidade com maior volume chegando a R$ 319 milhões ou 24% de tudo que a região gerou de imposto. Quando se confronta com o ano anterior (2015), as empresas do município recolheram 15% a menos e o setor de bebidas foi responsável pela forte queda, de acordo com os dados da Fiemg.

Divinópolis, na divisão realizada pela Fiemg, foi a segunda cidade do Centro-Oeste com maior arrecadação. Foram R$ 216 milhões gerados pelas empresas no ano passado, chegando a 16% de todo o ICMS regional. O montante é 1,2% menor no comparativo com o exercício anterior e somente a metalurgia foi responsável por declínio de 35%.

Dos principais municípios analisados pela Fiemg, Mateus Leme registrou a maior queda de ICMS de 2015 para 2016: 26,8%. A cidade gerou R$ 26 milhões do imposto no ano passado e os setores de partes e peças para veículos e borracha e plástico contribuíram significativamente para o desempenho negativo.

 

Bambuí

 

As empresas de Bambuí obtiveram números significativos no recolhimento de impostos no ano passado. De acordo com a Fiemg, o crescimento foi de 141% na comparação com o exercício anterior e o setor de coque e combustíveis registrou alta de 464%, de acordo com a Fiemg. Bambuí gerou R$ 18 milhões de ICMS para o estado.

Arcos e Pará de Minas também tiveram alta no volume de ICMS recolhido. Conforme a Fiemg, Arcos gerou R$ 98,2 milhões com alta de 17,1% no confronto com o ano anterior. Já Pará de Minas arrecadou para o Estado R$ 86,6 milhões e 12,2% a mais de um ano para o outro.

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