Bancadas e blocos parlamentares pesam nas decisões
Maria Tereza Oliveira
A cada dois anos a população vai às urnas escolher seus representantes, seja a nível municipal, estadual e federal. A população muitas vezes não sabe como são organizados os partidos e suas lideranças no plenário.
Assembleia de Minas, Câmara dos vereadores e também a de deputados federais se renova a cada quatro anos. A partir disso a composição partidária pode alterar a forma com que o congresso decide as questões.
Depois de tomar posse, os parlamentares se agrupam em bancadas e blocos, Maioria e Minoria. A distribuição desses grupos influencia na dinâmica de funcionamento do próprio Parlamento.
Os partidos e seus representantes trazem para as Casas Legislativas visões diferentes do mundo, da sociedade e ideológicas. Tudo a ser discutido, analisado, votado, aprovado ou rejeitado, durante o mandato, depende desse conjunto de ideias e de quais opiniões sairão vencedoras ou derrotadas.
Por isso, é importante ficar tão atento ao voto a cargos do Legislativo quanto aos do Executivo.
Organização
Para entender a importância da organização dos partidos e dos políticos é preciso conhecer alguns conceitos básicos. A partir de dados da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) é possível ter noção de como é divisão dos grupos.
Tendo em vista que na ALMG são 77 deputados estaduais, a distribuição fica assim:
A bancada é o agrupamento de no mínimo cinco deputados de um mesmo partido.
O bloco parlamentar é a união de partidos que, juntos, somam mais de 16 deputados, sob uma mesma liderança.
Maioria é a bancada ou o bloco parlamentar que tenha o maior número de membros entre os 77 deputados.
Minoria é a bancada ou o bloco de composição numérica imediatamente inferior e que, em relação ao governo, tenha posição oposta à da maioria. Ou seja, se a maioria é base de sustentação do governo, a minoria fará oposição a ele.
Câmara de Divinópolis
Em Divinópolis são 17 novos vereadores a cada eleição. Em 2016, por exemplo, dos 17 eleitos, apenas cinco foram reeleitos, sendo eles Marcos Vinícius (Pros), Dr. Delano (MDB), Adair Otaviano (MDB), Eduardo Print Junior (SD) e Kaboja (PSD).
Os outros 12 eleitos são estreantes na política divinopolitana. Pela quantidade de vereadores, não é possível dividir os edis em todos os grupos. Na cidade, os legisladores se dividem entre apoiadores e contrários ao prefeito Galileu Teixeira Machado, além dos indefinidos.
Os vereadores que se dizem oposição ao prefeito são Cleitinho Azevedo (PPS), Janete Aparecida (PSD), Roger Viegas (PPS), Edson Sousa (MDB), e Sargento Elton (Patriota).
Raimundo Nonato (PDT) tem posicionamento indefinido.
Os outros 11 vereadores: Dr. Delano (MDB), Nêgo do Buriti (PEN), Zé Luiz da Farmácia (PMN), Cesar Tarzan (PP), Josafá (PPS), Marcos Vinícius (Pros), Ademir Silva (PSD), Rodrigo Kaboja (PSD), Renato Ferreira (PSDB) e Eduardo Print Júnior (SD) afirmam ser da base.