Banalizou

Nem repercutiu nem causou muita surpresa ontem a prisão do ex-ministro Gedel Vieira Lima pela Polícia Federal, no âmbito da operação Cui Bono. Neste país de entranhas expostas, as denúncias de corrupção se tornaram banal e o que surpreende mesmo é o que foge a esse mar de lama todo.

Nós somos os patos

Há quem pergunte quem paga o pato. A resposta é simples: todos os brasileiros. Estava previsto para as 20h50 de ontem que o Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) atingiria a marca de R$ 1,1 trilhão. Esse valor corresponde ao total de impostos, taxas e contribuições pagos pelos brasileiros desde o primeiro dia do ano e será registrado 19 dias antes do que em 2016. Ou seja, o preço do pato (carga tributária) aumentou de um ano para o outro.

Haja banana!

O Governo do Estado divulgou nota ontem exaltando a grande produção de banana em Minas Gerais, especialmente nas regiões Norte e Sul. A estimativa é de cerca de 800 toneladas por ano. Bom para os produtores. Mas, cá entre nós, o que não anda faltando para os mineiros é, de fato, banana.

Pode cair

Depois de muito ensaiar, o PMDB de Minas Gerais vai decidir o destino do senador Zezé Perrella no partido, na próxima sexta-feira, 7. A reunião foi marcada com a assinatura de integrantes da Executiva, já que o presidente da legenda, o vice-governador Antônio Andrade, segundo reclama a bancada, não convoca encontros do grupo desde o ano passado.

À revelia

Na pauta, além das “filiações em descumprimento às deliberações da comissão executiva estadual”, estão designações de coordenadorias regionais do PMDB em municípios feitas à revelia da bancada, definição do programa de televisão para agosto e a renovação do diretório.

Descumpriu

A queixa da bancada do PMDB – que fez questão de tornar pública a insatisfação desde fevereiro, quando se concretizou a troca de Perrella do PTB pelo partido – é que a filiação foi acertada pela cúpula. Segundo os deputados estaduais, o presidente do PMDB, vice-governador Antônio Andrade, ignorou a regra pela qual a Executiva tem de ser ouvida sempre que forem filiadas pessoas com mandato.

Servidor concursado

Um ciclo de audiências públicas realizado pela Comissão Senado do Futuro (CSF) debaterá a possibilidade de um servidor concursado perder o cargo público por mau desempenho de suas funções. A demissão seria regulamentada pelo Projeto de Lei do Senado Complementar (PLS) nº 116/2017, da senadora Maria do Carmo Alves (DEM-SE). Sindicatos obviamente vão chiar. Mas, dentro do próprio serviço público, há muita gente que concorda que a estabilidade dá margem para muita malandragem (sem generalizar, obviamente).

Avaliação periódica

Porém, nada é tão simples. O objetivo é que o projeto estabeleça uma da avaliação periódica dos servidores públicos municipais, estaduais e federais. Assim, seria regulamentado dispositivo da Constituição que permite a exoneração do servidor público estável – aqueles concursados que já passaram pelo estágio probatório e foram aprovados – avaliado com insuficiência no desempenho do cargo.

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