Autores inpendentes lançam obras durante a Flid

Festa literária abre espaço para novos talentos

 

 Jorge Guimarães  

Em sua 4º edição, a Festa Literária de Divinópolis (Flid) abre espaço para que novas obras sejam lançadas durante o evento. Este ano, 16 autores independentes apresentarão seus trabalhos e participarão de um bate papo animado com o público.  

A iniciativa de abrir espaço para novos escritores já se tornou uma tradição na Flid e vai de encontro ao propósito da festa, criando um espaço de convivência com a literatura e a vida. Mais que destacar grandes nomes da literatura, a organização do evento quer fortalecer a cultura na região Centro-Oeste, incentivar novos talentos e convidar as pessoas à embarcarem nessa viagem rumo ao mundo da imaginação.  

Autores  

Pelo segundo ano consecutivo a professora da educação infantil, Poliana Barbosa, fará parte da programação da Flid. Ela virá de Bom Despacho para lançar o livro "O casamento da dona Joaninha", uma releitura do clássico "Dona Baratinha". No ano passado, a escritora trouxe para festa a obra "Entre nuvens e margaridas", que foi um sucesso entre os pequenos leitores.  

— É uma alegria muito grande participar novamente da Flid. No ano passado lancei meu primeiro livro, que trazia poesias para crianças. Considero essa linda festa uma oportunidade, não apenas de trocar experiência com leitores, como de conhecer novos escritores — disse.  

Sobre a Flid, ele também elogiou o espaço oferecido aos autores independentes e confidenciou que está ansioso para o início da festa literária.  

— Acho importante valorizar o trabalho dos veteranos, mas precisamos também de incentivo para novos autores. A Flid consegue cumprir esses dois papéis com maestria — afirmou.  

Escotoma  

Lançado em Parati, Rio de Janeiro e São Paulo, o romance "Escotoma – percepção ou preconceito" também será apresentando na Festa Literária de Divinópolis pelo autor independente e jornalista Pedro Gontijo.  A obra convida o leitor a mergulhar no arriscado relacionamento sexual e afetivo entre R. e S., envolvidos no contexto de turbulências sociais intensas. O interessante é que, em nenhum momento, o escritor define claramente o sexo, a etnia, a classe social, a orientação sexual, a profissão ou a nacionalidade dos personagens. Esses pontos cegos da narrativa são preenchidos pela imaginação do leitor.  

— Essa será minha primeira participação na Flid. Tenho uma relação especial com Divinópolis, cidade onde mora meus familiares e onde tenho ótimas lembranças — declarou.  

Flid  

A 4º edição da Flid termina amanhã e é realizada pela Editora Gulliver e a Boutique do Livro, a programação conta com apresentações artísticas, musicais e encontros com autores locais, regionais e nacionais. Este ano o evento está homenageando o escultor Geraldo Teles de Oliveira, o GTO. Seu trabalho esculpido em madeira, rico em detalhes e representando detalhadamente a cultura popular é reconhecido mundialmente. 

 

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