Aumento de combustíveis motiva manifestação em Divinópolis

Marília Mesquita

O reajuste recorrente no preço dos combustíveis e a nova política de ajuste adotada pela Petrobras motivaram a organização de um manifesto popular em Divinópolis.

Segundo os organizadores, Rogério Ferreira, 42 anos, e Gustavo Benjamim, 35 anos, o movimento é pacífico.

— O que propomos é um protesto contra os altos tributos que pagamos sob os combustíveis. É um movimento que tem ganhado a adesão popular, mas que não pretende nada além de usar o direito legal que temos como cidadãos — explica Rogério.

Ação

Organizado por meio de rede social, o grupo “Protesto Combustível Caro”, já conta com a participação de 140 integrantes e irá se reunir neste sábado, 13, às 9h, entre as ruas Pernambuco e Pará (em frente à Igreja Nossa Senhora da Guia), no bairro Vila Santo Antônio.

— Também queremos propor a conscientização da população e, por isso, vamos nos organizar para que, em protesto, os motoristas abasteçam R$ 1 na bomba do posto e peça a nota fiscal. Nela, vem a quantidade de tributos que são repassados aos governos Municipal, Estadual e Federal e é um direito que todo consumidor possui como garantia de prestação de serviço — esclarece Rogério. 

Participantes e traje

Pelo menos 200 pessoas e 50 automóveis são esperados no ato. Todos os participantes são convidados a irem de blusa preta e balões da mesma cor que devem ser amarrados nos retrovisores dos veículos. 

— Não podemos ficar acomodados ao que é imposto a nós. Na Argentina, brasileiro já é motivo de piada, por aceitar os abusos que sofremos — justifica Gustavo.

A Polícia Militar (PM) e a Secretaria Municipal de Trânsito e Transporte de Divinópolis (Settrans) já foram notificadas. Além de divinopolitanos, os organizadores ainda contam com moradores de cidades vizinhas que já confirmaram presença, como Nova Serrana, Cláudio e Carmo do Cajuru.

Política de preços

Apenas nos seis primeiro meses que esteve em vigor à nova política da Petrobras, a gasolina e o diesel vendidos nas refinarias e distribuidoras de todo o país, foram reajustados mais de 100 vezes cada um.

O novo modelo que entrou em vigor em 30 de junho do ano passado tem o objetivo, segundo a estatal de acompanhar as condições do mercado e enfrentar a concorrência de importadores, o que não era possível apenas com o reajuste mensal que acontecia anteriormente.

Porém, de acordo com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), 2017 fechou com a alta de 0,24% na média nacional, e a gasolina subiu de R$ 4,09 para R$ 4,15.

Neste ano, a ANP já mostra que o combustível chega a ser vendido a R$ 4,96 em cidades de Minas Gerais. Em Divinópolis, o último levantamento da Agência, no dia 3 deste mês, aponta que o litro da gasolina possui o preço médio de R$ 4,29. O preço máximo chega a R$ 4,54.

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