Atividade industrial recua em dezembro

Pablo Santos

A sondagem industrial realizada pela Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg) revelou recuo da produção e do emprego em dezembro, na comparação com novembro. Também apontou que a utilização da capacidade instalada foi inferior à usual para o mês, confirmando a ociosidade ainda elevada do setor. Em contrapartida, os índices apresentaram melhor desempenho que há um ano.

O índice de evolução da produção recuou 8,5 pontos entre novembro (50,8 pontos) e dezembro (42,3 pontos). O indicador apontou ainda queda da produção, após dois meses consecutivos acima da linha dos 50 pontos – fronteira entre retração e aumento.

— O resultado pode ser atribuído ao efeito sazonal de fim de ano, considerando que as indústrias produzem suas encomendas antecipadamente. Em contrapartida, o índice avançou 3,3 pontos frente a dezembro de 2018 e foi o mais elevado para o mês desde 2010 (45,6 pontos) — apontou a nota técnica da Fiemg.

Já o índice de utilização da capacidade instalada efetiva em relação à usual caiu 3,4 pontos em dezembro (43,8 pontos), na comparação com novembro (47,2 pontos). O resultado – abaixo da linha dos 50 pontos – aponta que a indústria operou com capacidade produtiva inferior à habitual para o mês. Entretanto, o indicador aumentou 2,5 pontos frente ao verificado em dezembro de 2018 (41,3 pontos) e foi o melhor para o mês em nove anos.

O melhor

A sondagem mostrou ainda o indicador de evolução do número de empregados caiu 2,6 pontos frente a novembro (51,0 pontos) e voltou a sinalizar recuo do emprego industrial, marcando 48,4 pontos em dezembro. Apesar da queda, o índice cresceu 2,0 pontos em relação a dezembro de 2018 (46,4 pontos) e foi o melhor para o mês desde o início da série histórica mensal, em 2011, excetuando-se o valor apurado em 2017 (48,7 pontos).

 

— Os indicadores do quarto trimestre de 2019, embora melhores em relação ao terceiro trimestre, continuaram apontando industriais insatisfeitos com o lucro operacional de suas empresas e com o acesso ao mercado de crédito. Vale destacar, contudo, que o índice referente à situação financeira apontou empresários satisfeitos pela primeira vez desde o quarto trimestre de 2012 —finalizou a nota.

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