Aterro sanitário regional volta à pauta na próxima semana

Possíveis locais deverão ser avaliados por prefeitos de 12 municípios do Oeste

Flávio Flora

A implantação do Aterro Sanitário Compartilhado (ASC), no distrito de Marilândia, proximidades da rodovia BR-494 (município de Itapecerica), para processar o lixo recolhidos de 12 cidades do Centro-Oeste, incluindo Divinópolis, fecha o semestre sem muitas novidades.

Segundo a secretária executiva do Consórcio Intermunicipal Multifinalitário do Centro-Oeste Mineiro (Cimcom), Maria Helena Gonçalves Mitre Amorim, o processo não parou, mas depende de estudos do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), para aprovação definitiva do local.

O aterro sanitário compartilhado, cujo estudo inicial foi apresentado pela Secretaria Estadual das Cidades, no início do ano, indicando três possíveis locais para sua implantação, no distrito de Marilândia, deve passar agora pelo Decea. Este órgão é que vai verificar a viabilidade técnica do futuro aterro em relação aos aeródromos da região, cuja distância deve ser maior que 20 quilômetros— informa a secretária.

Só depois deste parecer técnico, baseado na Lei 12.725/ 2012, é que o local será definido, de forma a evitar risco de acidentes e incidentes aeronáuticos decorrentes da colisão de aeronaves com espécimes da fauna nas imediações.

Consórcio do aterro

A reportagem apurou ainda que somente após as sondagens ambientais e o parecer do Decea é que ocorrerão a aquisição do terreno e as etapas seguintes da implantação. Na semana passada, houve uma convocação das prefeituras integrantes do (Cimcom), mas a reunião não se realizou por falta de quórum. Segundo informa a secretária Maria Helena, o presidente da entidade, José Rodrigues Barroso (prefeito de Cláudio), abriu agenda para convocar uma assembleia para a última semana do mês corrente.

O estudo sobre o Aterro Sanitário Compartilhado indica que serão construídas cinco subestações de transbordo localizadas em Camacho, Carmo do Cajuru, Oliveira, Pedra do Indaiá e Santo Antônio do Monte, que, por sua vez, receberão em primeiro lugar os resíduos sólidos de doze cidades da região. Divinópolis e Cláudio estão entre os municípios que compõem o Cimcom.

Proximidades de Marilândia

A escolha do provável local, situado em ponto impreciso, mas considerado estratégico, à margem da rodovia BR 494 (proximidades de Marilândia), vai sofrer novos estudos técnicos. Ainda não se sabe dos impactos aéreos e ambientais que poderia causar.

A proposta da Secretaria Estadual das Cidades (Secir)avalioua quantidade de lixo gerado em cada município;o número de aterros, de unidades de triagem e de transbordo;a distância a ser percorrida; a logística necessária e custo do lixo aterrado e cuidado.

Entretanto, outros aspectos também serão avaliados, especialmente em “sondagens para que os lençóis de água ou mananciais de superfície, áreas de preservação e florestas que existam nas proximidades” estejam protegidos – é o compromisso da Secir.

 

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