Aterro controlado em fase final

 

Da Redação

Enquanto o aterro sanitário não fica pronto, os municípios da região precisam encontrar formas de depositar o lixo produzido na cidade, mas que não prejudique o meio ambiente, ou haja qualquer tipo de contaminação em relação aos moradores. É o que vem fazendo Divinópolis, por exemplo, até que a destinação correta, saia do papel.

Neste sentindo, a Administração informou ontem, que está terminando a implantação da quarta célula no aterro controlado.

— Os trabalhos seguem avançadas técnicas de implantação de aterro santário, além de respeitar a legislação e normas ambientais e promover a sustentabilidade. A unidade entrará em funcionamento em quinze dias — informou a Prefeitura.

As obras são realizadas pela Secretaria Municipal de Operações Urbanas (Semop), e a nova célula foi coberta por 30 mil metros quadrados de geomembrana polietileno de alta densidade (Pead) de 1 mm. A lagoa de tratamento de chorume também faz parte da célula.

— A instalação da geomembrana garante a impermeabilização, e o material percolado não entra em contato direto com o solo, o que evita a contaminação de lençóis freáticos e cursos d’água que possam margear a região — afirmou o diretor de Operações e Serviços Urbanos da Semop, Rodrigo Assis.

No local também foram instalados drenos espinha de peixe e de gás para a captação de chorume e gás metano provenientes da decomposição de matéria orgânica.

De acordo com a secretária municipal de Operações Urbanas, Cláudia Machado, a nova célula foi construída seguindo critérios legais e ambientais.

— Fizemos da melhor maneira possível, seguindo as especificações ambientais, para tratar o lixo com o menor impacto ao meio ambiente — explicou a secretária.

Plantio

A Semop iniciou plantios de árvores para que áreas desativadas e o entorno do aterro renasçam – cerca de 100 mudas já foram plantadas. Nos próximos meses, a ação será intensificada.

O aterro controlado recebe apenas lixo domiciliar. Diariamente são depositadas cerca de 150 toneladas de detritos no local, decorrentes da coleta de lixo.

Projeto 

Em março, o Município aderiu ao Consórcio Intermunicipal de Aterro Sanitário do Centro-Oeste Mineiro (Cias) com sede em Pitangui. Divinópolis foi aceita no consórcio por unanimidade durante assembleia realizada pela diretoria do Cias, e encaminhou à Câmara Municipal em 20 de junho o projeto de lei autorizativa para regulamentar a adesão ao município ao Cias.

O objetivo, segundo a Prefeitura, é dotar Divinópolis de uma alternativa segura e licenciada para a destinação final de seu lixo urbano.

— O atual aterro, às margens da rodovia que liga Divinópolis a Carmo do Cajuru, não oferece condição alguma para o licenciamento nos órgãos estaduais de controle, e sobre ele pende sentença judicial já definitiva proferida em ação movida pelo Ministério Público Estadual, que vem cobrando da administração, por meio de constantes reuniões, uma solução o mais célere possível para esse problema — afirmou em junho o procurador do município, Wendel Santos de Oliveira.

 O projeto desenvolvido junto ao Consórcio Intermunicipal Multifinalitário do Centro-Oeste de Minas (Cincom) não chegou a ser concretizado, em razão de obstáculos técnicos de difícil ou impossível remoção, em tudo incompatíveis com a urgência da demanda afeta ao lixo urbano divinopolitano.

— É preciso agir com base no que se mostra viável, factível, a bem da coletividade, a bem do interesse público. O Cias Centro-Oeste é um consórcio consolidado formado por 38 municípios e dispõe de duas áreas próprias para a disposição dos resíduos sólidos coletados, uma situada em Nova Serrana e a outra em Quartel Geral. Com projetos já delineados, o Cias se credencia como um diferencial para nossa região e para nosso Estado — explicou o procurador.  

 

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