Astros internacionais que se apresentam no Brasil em 2018 influenciam a moda

Gabriel Rodrigues

Moda e música podem caminhar muito bem juntos. Muitos artistas podem espalhar estéticas, como o Nirvana, ou se apropriar delas, como é o caso da cantora Madonna, que, ao longo da carreira, vestiu-se como mandava a música. Consultores de imagem afirmam que o artista precisa ter uma imagem palpável, que agregue valor à voz e ao estilo que está presente em cada artista. Pegando carona no ano que começa, muitos artistas internacionais pisam em solo brasileiro para apresentações. A Editoria Moda & Estilo separou alguns deles e relembra o visual que os músicos devem adotar no palco.

Primal Scream (28/02, em São Paulo)

Bobby Gillespie criou o Primal Scream em 1984, mas a banda só estourou sete anos depois, quando lançou “Screamadelica”. O álbum, que no ano de 1991 foi tão influente quanto “Nervermind”, do Nirvana, uniu o rock à dance music. Faixas do disco como Movin’ on Up e Come Together remetiam à ao acid house e à cultura raver da época, de cores cítricas, estampas pop e o famoso símbolo do smile. O grupo britânico já gravou faixa e clipe com a modelo Kate Moss.

Katy Perry (dias 14, 17 e 18/03)

Poucas cantoras foram tão pop na moda e na música nos anos 2000 quanto a americana, que volta ao Brasil para a mostra “Witness”, seu quinto álbum de estúdio. Katy já usou pink da cabeça aos pés, vestido em formato de sorvete ou saia na forma de carrossel. Não à tão, a cantora tem uma forte parceria com Jeremy Scott, o rei do pop na moda. O estilista conta que, antes do estrelato, a cantora o procurou dizendo que um dia seria famosa e que ele faria um vestido para ela. Neste ano, Jeremy vestiu Katy para o baile de gala do Met, para o show dela no intervalo do Super Bowl e ainda a convocou para a passarela e campanha da Moschino, label do qual é estilista.

Pearl Jam (dia 24/03, no Lollapalooza, em São Paulo)

Eddie Vedder e companhia podem ter cortado o cabelo, aposentado coturnos e camisas de flanela xadrez, mas o Pearl Jam ainda é sinônimo do grunge dos anos 90. No início daquela década, vestidos florais, cardigãs oversized e sobreposições migraram das ruas para editorais de moda e passarelas: um então cabeludo Marc Jacobs se inspirou no gênero para criar a famosa coleção que provocou sua demissão da Perry Ellis, em 1992.

Lana Del Rey (dia 25/03, no Lollapalooza, em São Paulo)

Não é só o pop melancólico de Lana Del Rey que carrega referências dos anos 50 e 60. Da maquiagem aos looks, passando pelos penteados, a americana também passeia seu estilo pelo visual das décadas. Em 2000, a cantora assinou coleção para a H&M, criou bolsa para a Mulberry e fez com que garotas usassem coroas de flores iguais às suas na plateia de seus shows. A americana volta ao Brasil para mostrar seu quinto álbum de estúdio, “Lust for Life” (2017).

Comentários