As preferências do Mano

Batendo Bola 

José Carlos de Oliveira 

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É difícil a qualquer torcedor mais leigo, e mesmo àqueles que se julgam entendidos de futebol, compreender quais sejam realmente as preferências do técnico Mano Menezes, hoje no comando do Cruzeiro. Ele tem sua forma de trabalhar e dela não abre mão sob nenhum pretexto. Nem mesmo quando um jogador abre passagem com suas boas atuações. Se o atleta não se encaixa no modo que o comandante enxerga o seu time, ele está fora. Sem choro e nem vela...   

Implicância com Ábila 

É assim que vem acontecendo com o Ramon Ábila. Goleador nato, o argentino é o maior artilheiro da Raposa na temporada. Contanto apenas o tempo em que ele esteve em campo, tem uma das melhores médias do futebol mundial. Com 11 gols em 21 jogos, sendo que na maioria das vezes ele saiu do banco de reservas. O argentino caiu nas graças da China Azul e já faz por merecer um maior carinho do comandante. 

Quando isso irá acontecer, ninguém sabe e nem ouviu falar. Enquanto a titularidade não vem, o artilheiro aproveita as chances que recebe e mostra todo o seu talento. Nas duas vitórias celestes no Campeonato Brasileiro deste ano, ele teve participação direta. Fez o gol no triunfo frente o São Paulo e construiu a jogada na vitória magra sobre o Santos, dando o passe para Thiago Neves marcar. 

E mesmo assim continua esquentando o banco de reservas. Até quando, só o técnico Mano Menezes sabe... 

Início animador 

Na história do Brasileiro, por pontos corridos, nem mesmo quando foi campeão, o Cruzeiro teve um início de competição tão animador. Não importa nem mesmo o fato de ocupar hoje a co-liderança, ao lado de Chapecoense e Corinthians, o que conta são os sete pontos na tabela, e a forma como eles foram conquistados, contra adversários qualificados e em dois jogos como visitante. 

Se a Raposa não for nenhum “cavalo paraguaio”, o time deve sim brigar pelas primeiras posições até a rodada final. E num campeonato tão equilibrado como é o Brasileiro, conquistar uma vaga na Copa Libertadores do próximo ano já seria um prêmio e tanto, principalmente para quem penou nas duas últimas temporadas, e não tem grandes alegrias há mais de dois anos. 

Os próximos compromissos do time celeste - Chapecoense (C), Bahia (F), Atlético-GO (C) e Corinthians (F) – podem dizer muito do que a torcida pode esperar para este ano. Se o time fizer o dever de casa, contra adversários teoricamente mais fáceis e concorrentes diretos, estará chegando a uma posição invejável, nunca antes alcançada. E, melhor que isso, afastando de vez todo o receio da China Azul. 

MANGUEIRAS BRASIL 

Os problemas de Roger Machado 

Quando tudo dava mostras de grande evolução na Cidade do Galo, com o técnico Roger Machado finalmente encontrando a formação ideal para seu meio de campo, os problemas médicos voltam a mexer com a cabeça do comandante. Difícil será para Roger pensar numa solução para o time, se o volante Adilson ficar um tempo mais longo afastado dos treinos e dos jogos. Ele caiu “como uma luva” no novo esquema do treinador, dando liberdade para Elias. A esperança é que Roger encontre o substituto ideal, sem mexer em nada na forma da equipe atuar. Esta, sim, seria a solução ideal. 

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