As portas do inferno

Augusto Fidelis

Embora Jesus tenha dado garantias de que as portas do inferno não prevalecerão contra a sua Igreja, no momento, a “capetada” está animada, pois entende que o tempo é favorável. Há uma orquestração, a partir do seio da própria Igreja, para acabar com a instituição tal como ela é, com dois mil anos de caminhada, e criar outra coisa que reúna as demais religiões no mesmo bojo, tendo o papa Francisco como gerente-geral.

Jesus disse: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vai ao Pai senão por mim”. Mas o papa Francisco entende diferente. Para ele, as pessoas encontram Deus por outros caminhos. Por isso, logo no início do seu pontificado, fez gravar um vídeo no qual aparece um padre, um pastor luterano, uma budista e um mulçumano, cada um dizendo em que acredita. Por força de ofício, só o padre diz: “Eu creio em Jesus”.

Jesus também disse: “Aquele que me negar diante dos homens, eu o negarei perante o Pai”. O papa Francisco não está preocupado com o rebanho do Senhor. Recusa-se a ouvir as queixas dos cristãos, principalmente dos católicos, perseguidos em diversas partes do mundo.

Em vez de apascentar o rebanho do Senhor, o papa Francisco só cuida de política e apoia pautas erradas. No início do seu pontificado, determinou a todos os padres que perdoem a quem tenha feito aborto. A Igreja, em sã consciência, jamais poderá apoiar a morte, seja pelo aborto, pela eutanásia, pena de morte ou assassinatos. A instituição deve trabalhar, sim, para que todos tenham vida, e a tenham em abundância, como recomendara o próprio Mestre.

Jesus acolhia com frequência os pecadores e curava as suas enfermidades. Mas, em todos os casos, impunha uma condição: “Vai, tua fé te salvou”; “Vai, e não peques mais”. Agora, o papa Francisco recebeu Lula e o abençoou, mas não disse a ele: “Devolva à nação brasileira os milhões que você roubou, tanto para si como para os ditadores sanguinários da América Latina e da África”. Mas, segundo observadores, há uma razão: muitos milhões do Lula estão depositados no Banco do Vaticano. Nicolás Maduro espezinha os venezuelanos há tempos, mas o papa Francisco não o reprova, pelo mesmo motivo: milhões no Banco do Vaticano.

No período do carnaval há um relaxamento mais acentuado das regras morais e a libertinagem se torna regra. O santo nome de Jesus será vilipendiado, como no samba enredo da Mangueira. Alguns cristãos vão ficar indignados, mas apenas isso. A Igreja Católica está sendo corroída por ferozes cupins; boa parte das igrejas evangélicas não é cristã, seguem apenas o Antigo Testamento. O nome de Jesus é usado somente para enganar os fieis e enriquecer os pastores. Mas, cada um à sua época, há de prestar contas.

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