Arbor volta a ser alvo de  reclamações na Câmara

 

Maria Tereza Oliveira

A reunião ordinária da Câmara de ontem, foi morna, sem muitas ações efetivas e, em certos momentos, se assemelhava mais a programas eleitorais de candidatos ao governo de Minas e à Presidência. Isso porque muitos vereadores aproveitaram o momento na tribuna para fazer campanha para seus preferidos.

Voltando à Divinópolis, a empresa Arbor, responsável pela coleta de lixo na cidade, virou novamente assunto da reunião.

O presidente da Casa, Adair Otaviano (MDB), disse que a empresa há muito tempo está desrespeitando a população da cidade.

O vereador afirmou ter denunciado a Arbor anteriormente e que esta pagava os fornecedores. Segundo Adair, após ele expor a situação, os comerciantes conseguiram receber da empresa.

Descumprimento do contrato

Adair revelou à reportagem que há algum tempo a empresa traz problemas para a cidade.

— Qualquer empresa que ganha licitação tem de cumprir com aquilo que está acordado no contrato. A Arbor se comprometeu a assumir inteira responsabilidade na prestação do serviço e executá-las de acordo com o que era apresentado no edital. Todavia, isto não está acontecendo — citou.

De acordo com o vereador, alguns funcionários reclamam de falta de materiais de segurança e até de lâmpadas queimadas que não foram substituídas.

— A empresa está recebendo R$ 25 milhões e não consegue ficar dois meses sem receber por causa da burocracia? Pode juntar seu caminhão velho e ir embora da cidade — salientou.

Adair disse que a empresa só pagou seus credores quando impôs condições a ela.

— Além disso, há denúncias de que a Arbor está fazendo a coleta à noite nos bairros. O serviço não está sendo bem feito e quem paga por ele é a população. Alguns bairros ficaram dias sem coleta — reclamou.

Ainda segundo o edil, os trabalhadores da empresa disseram que os caminhões estão em péssimas condições.

Quebra de contrato

Questionado sobre uma possível quebra de contrato entre a Prefeitura e a Arbor, o vereador disse que tudo é possível.

— Se a empresa continuar a trabalhar sem respeitar o que está em contrato, da mesma forma que a Prefeitura tem de pagá-la, ela precisa cumprir tudo o que está contrato — salientou.

Adair disse que todas as vezes que denunciou algo na Câmara, leu o contrato para saber se faz sentido.

Morte

Adair relembrou que em São João Del Rei, um funcionário da empresa se envolveu em um acidente que o levou a morte.

A fatalidade teve relação direta com as condições de segurança em que os funcionários da empresa de coleta trabalhavam.

— A gente não quer que isso aconteça com os servidores que trabalham em nossa cidade. Nós queremos que a empresa cumpra o contrato — exigiu.

Projetos aprovados

Durante a reunião, vários projetos foram debatidos e, dentre eles quatro foram aprovados.

A Lei Complementar 7/2018 que altera a lei nº 174/2015 que aprova o Plano Municipal de Educação para o decênio 2015 a 2024, de autoria do Prefeito Galileu Machado (MDB), foi aprovada. A vereadora Janete Aparecida (PSD), destacou que além do plano, é preciso que as metas sejam batidas.

A Lei Ordinária 56/2018, de autoria do Sargento Elton (Patriota), que dispõe sobre a logística reversa de aparelhos elétricos e eletrônicos na cidade, também foi aprovada.

O 3º foi a Lei Ordinária 57/2018, de autoria de Galileu Machado (MDB), que autoriza o Poder Executivo a permutar imóvel de propriedade do Município, com o de propriedade de Rosangela Martins da Silva. O projeto tem como intuito, solucionar problemas de esgoto pluvial e sanitário, decorrentes da canalização executada no referido lote, impedindo que o referido lote possa ser edificado.

O último projeto aprovado do dia, também é de autoria do Prefeito Galileu Machado. A Lei Ordinária 62/2018, revoga a lei nº 8.256, que autoriza o Poder Executivo a doar com encargos, imóveis de propriedade do município, à empresa D’Lima Transportes Eireli-me.

 

 

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