Apenas lutar

Preto no Branco

Ação costumeira de prefeitos – comemorar os 100 dias de governo – no entanto, 2021 está fora desta tradição. Desde março de 2020 quando a pandemia do coronavírus começou a fazer as primeiras vítimas no País, os prefeitos não conseguiram fazer outra coisa, a não ser lutar para controlar a disseminação do vírus. Os que assumiram neste ano então, certamente não esperavam que passariam por momentos tão turbulentos. Além de enfrentarem o pior momento da pandemia, lutam contra poucos recursos para a demanda de leitos e uma vacinação que não anda por falta de organização dos responsáveis pela aquisição. Enquanto o Executivo não tem motivos para comemorar, visto que a responsabilidade nesta gestão marcada por crise é dele, o Legislativo pouco pode fazer. Em Divinópolis, isso é confirmado. A Presidência da Casa divulgou nota celebrando importantes conquistas, como as mudanças físicas realizadas na Casa e o desmembramento para melhor funcionamento. O mundo é mesmo assim, enquanto uns sorriem, outros choram de dor – e vida que segue.

A maioria 

Os reflexos da desobediência às regras sanitárias já começam a aparecer e são preocupantes. Pela primeira vez desde o início da pandemia de covid-19, pessoas com menos de 40 anos são maioria nas Unidades de Tratamento Intensivo (UTI) no Brasil. Para se ter uma ideia, em março, a taxa bateu recorde, com 52,2% dos leitos ocupados por jovens, de acordo com dados da plataforma UTIs Brasileiras, da Associação de Medicina Intensiva Brasileira (Amib). Além do aumento na taxa de jovens que ocupam as UTIs com covid-19, também subiu o número de pacientes graves com necessidade de ventilação mecânica que não têm comorbidades. Março, considerado um dos meses mais letais da doença, 58,1% dos pacientes internados precisaram de respiradores, um salto de quase 40% em relação ao patamar do final de 2020. Assustador?  Demais. Menos para quem se acha autoimune e insiste em aglomerar e promover ou participar de festas clandestinas. Sem comentários.

Recado?

A superlotação de leitos é a principal consequência das atitudes dos individualistas que não temem o vírus. O resultado é a falta deles e de medicamentos fundamentais para pacientes que precisam ser intubados. Divinópolis, é um dos casos entre milhares de municípios que acabaram ou está próximo do fim, os remédios. No entanto, uma nova remessa de sedativos, bloqueadores neuromusculares, recebida pelo Governo de Minas no último sábado, chega como alento, pelo menos, para três cidades da região Oeste. Os produtos encaminhados pelo Ministério da Saúde serão encaminhados para 68 hospitais, incluindo apenas os de Lagoa da Prata, Formiga e Itaúna. Divinópolis não recebeu nem uma ampola, mesmo sendo a referência da macrorregião e estar em pior situação. Seria um recado pelo fato de o município não estar seguindo a onda roxa de forma criteriosa? Tomara que não, afinal, as vidas importam que aqui lutam para não virarem estatísticas, também importam e não podem ser usadas para rivalidade política. 

‘Bem Maior’

Qual é o bem maior da população? A vida, é claro. Mas, apesar de o assunto do momento quando se fala em vida é o coronavírus, desta vez o tema é segurança pública. Aliás, o que é feito com brilhantismo pela gloriosa Polícia Militar (PM), de Minas Gerais, ao longo dos seus 245 anos. A região Centro-Oeste do Estado é um exemplo disso, ao conquistar o primeiro lugar entre todas as regiões em eficiência no trabalho prestado.  Este fim de semana foi uma prova disso. A operação “Bem Maior”, deflagrada em diversas cidades da região, além de trabalhar na prevenção, trouxe resultado para lá de positivo, na repressão. É por atuações assim, que a PM mineira continua reinando absoluta entre as polícias de todo País. A todos os envolvidos na ação, parabéns, e o agradecimento por seguir nos representando tão bem.   

 

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