Apareceu

Dia destes, o prefeito Galileu Machado reapareceu, deu entrevista a uma rádio e disse que pode ser candidato à reeleição. Recebeu uma saraivada de críticas nas redes sociais — até porque a cidade estava à beira do caos. Mas autoestima faz bem para todo mundo, não é mesmo? Por que não para o prefeito?

Só agora?

A grande novidade mesmo na entrevista de Galileu é a realização da entrevista em si mesma. Avesso à mídia, o prefeito se enfurnou no gabinete por dois anos. Quando a corda apertou o pescoço, resolveu recorrer justamente a quem ele desprezou por todo este tempo: a mídia.

Comunicação

O erro que políticos tradicionais cometem é lembrar que existe comunicação apenas em momentos de crise. Por mais competente que seja a equipe de Comunicação de Galileu (e, chefiada pelo experiente Evandro Araújo, ela faz sim um ótimo trabalho), apagar incêndio depois que o parquinho está todo queimado fica difícil.

Na onda

Impressiona a quantidade de políticos ou candidatos a políticos em Divinópolis tentando pegar carona na “onda Bolsonaro”. Só tem um problema: alguns deles são chatos demais pra chegarem, no mínimo, a merecer alguma atenção séria. E uma dúvida: será que a onda dura até as próximas eleições, daqui a dois anos?

A comissão

Na política, tem uma frase clássica que diz que, quando um gestor não quer ou não sabe como resolver uma coisa, ela cria uma comissão para empurrar o problema por mais tempo. O governador Romeu Zema criou um grupo para definir uma escala de pagamento da dívida do Estado com as prefeituras. É torcer para o dito antigo não se aplicar ao chefe do Executivo Estadual, que prega uma nova política.

Não é bem assim

Zema foi criticado por reconduzir ao cargo 868 servidores que haviam sido demitidos. É óbvio que discurso é uma coisa e prática é outra completamente diferente. Porém, o que os críticos omitiram é que a quantidade de reconduzidos representa apenas 14,4% do total de dispensados. O Estado ainda está no lucro (pelo menos nessa questão).

Fake news à divinopolitana

O Consórcio Transoeste é a mais nova vítima de fake news. A empresa teve trabalho na terça-feira, 15, para desmentir o boato de demissão de 400 funcionários. No entanto, segundo o consórcio, a realidade é o contrário: faltam profissionais. Quando se fala que notícias falsas são um problema sério a ser combatido, é porque são mesmo (e não é só em época de eleição). A grande verdade é que a maioria dos brasileiros, de modo geral, sempre preferiu acreditar numa mentira mirabolante do que numa verdade simples.

Tornozeleiras

As tornozeleiras eletrônicas chegaram ao interior do estado. A primeira cidade a receber a novidade é Juiz de Fora. É um investimento do Governo de Minas na aquisição desses aparelhos que são uma alternativa às penas restritivas de liberdade. Para Divinópolis, com o Floramar sempre superlotado e à beira de explodir, seria uma opção interessante a se pensar. Mas, pelo jeito, a cidade não é prioridade nesse quesito. As próximas beneficiadas serão: Uberlândia, Montes Claros, Governador Valadares, Alfenas e Itajubá.

Como funciona

A tornozeleira é utilizada para o monitoramento de sentenciados e funciona como um GPS, que emite um sinal de controle para a central de monitoração, localizada em Belo Horizonte. Na capital, servidores do Estado acompanham o deslocamento de cada sentenciado monitorado.

Interino

Assino a coluna Preto no Branco pelos próximos dias durante as férias de Gisele Souto.

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