Ao deputado paulista

CREPÚSCULO DA LEI – ANO III – CLIII

 

AO DEPUTADO PAULISTA 

Ne sutur ultra crepidam.”

A Constituição Federal de 1988 assegura o direito de resposta proporcional ao agravo (artigo 5º V), bem como o Código Penal confere licitude aos casos de legítima defesa, inclusive de terceiros (artigo 23, II). Diante disso, reajo às suas ofensas proferidas da tribuna da Assembleia paulista (15 de outubro):

- Primeiramente, deputado, você se apresenta como representante de um setor (latifúndio agrícola) envolvido em crimes contra a Humanidade – com resultados graves –, inclusive com acusações de genocídio indígena, com representação junto ao Tribunal Penal Internacional; 

- Deputado, você chamou o arcebispo de Aparecida de “vagabundo”, “safado” (sic). Em defesa, “vagabundo” e “safado” é você!

- Você chamou a Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) de “safada” (sic). Em defesa, “safado” é você, desconhecedor do decoro parlamentar!

- Você ofendeu a “Teologia da Libertação” por pura ignorância política, não obstante você seja admirador de genocidas como Augusto Pinochet!

- Você disse que o bispo de Aparecida se esconde atrás da “batina” (sic), mas quem se esconde atrás de uma tribuna é você!

- O que você entende sobre “pessoas de bem”? Seriam aquelas como você e seus representados?

- Quem está tripudiando sobre a alma e a espiritualidade das pessoas? Malafaia? Macedo? Waldomiro?

- Você chamou o papa Francisco de “vagabundo” (sic), repito em defesa, “vagabundo” é você!

- Quem você pensa que é para ofender a religião católica e os católicos? Aliás, pergunte ao seu presidente “evangélico” sobre a hipocrisia de comungar durante a missa para a Padroeira do Brasil!

- Você os chamou de “pedófilos” (sic), mas certamente você ignora a pedofilia dentro de outras igrejas e religiões, inclusive com deputada praticando sexo em família e mandando matar o próprio marido, enquanto alguns vendem feijões milagrosos e outros esbanjam sorrisos de R$ 150 mil!

- Você chamou a CNBB de “câncer” (sic). Em defesa, “câncer” são políticos como você, autoritários e violentos, operadores do ódio, enquanto tantos outros praticam corrupção, desvio de verba pública e morte em plena pandemia!

- Você os chamou de “nojentos”. Em defesa, “nojento” é você, tão nojento que me demandou grande esforço para chegar ao fim desse texto, onde náuseas e vômitos já me pedem para parar e correr para o sanitário. Tenha respeito, maldito ofensor!

 

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