Ansiedade e quantidade marcam a disputa pela Presidência da Câmara

Articulação começou logo depois das eleições; posse dos vereadores acontece somente no próximo mês

Matheus Augusto 

Conquistado o cargo de vereador, agora os eleitos vão em busca do próximo passo: a presidência da Mesa Diretora. Horas após o fim da apuração, o tema já começava a gerar discussão pela cidade. Desde então, os parlamentares que farão parte da legislatura 2021-2024 iniciaram conversas sobre possíveis composição para disputar as quatro cadeiras que vão comandar a pauta no legislativa ‒ presidente, vice, 1º e 2º secretário.

Até o momento, diversos parlamentares já se colocaram à disposição para a disputa, como Lohanna França, Josafá Anderson e Edsom Sousa, do CDN; e Rodyson do Zé Milton (PV). Outros nomes que devem surgir como fortes candidatos são do atual líder do governo, Eduardo Print Júnior (PSDB), e de Eduardo Azevedo (PSC), irmão do prefeito eleito, Gleidson Azevedo, do mesmo partido.

História

Nos próximos quatros anos, apenas seis dos atuais 17 vereadores continuarão a ocupar o cargo. Dos mais experientes, estão Edsom Sousa (CDN), com quatro mandatos, e Rodrigo Kaboja (PSD), com cinco. O Agora conversou com o primeiro sobre como ele avalia o assunto ao longo das legislaturas que fez parte, inclusive como presidente.

Para Edsom, ele deseja, “desde os primeiros minutos de 2021”, união. Assim, a Mesa Diretora, como responsável por administrar a Câmara, tem papel fundamental neste processo.

— É preciso serenidade e responsabilidade ética, moral e técnica. Espero que a próxima Mesa Diretora use as leis em favor de Divinópolis. O presidente deve cumprir o Regimento Interno e as leis à risca, sem distinção de vereadores ou partidos — comenta.

Ele ainda ressalta a importância de, independente de base ou oposição, tratar todos com igualdade.

Sobre a união mencionada, Edsom avalia, diante dos cenário de pandemia, a colaboração entre vereadores, Mesa Diretora e Executivo 

— Não existe vida em sociedade sem o Legislativo. É a base da segurança constitucional. O Poder pode ajudar muito a cidade e ter um papel fundamental para vencer essa crise — destacou.

O vereador ainda citou a necessidade de a próxima Mesa Diretora respeitar a legislação, e inclusive a Justiça, não apressando o processo da escolha dos membros à presidência.

— É uma ansiedade nunca antes vista na história do Parlamento. É preciso respeitar a Justiça e o processo eleitoral, que termina apenas com a diplomação — comentou. 

Ele ainda classificou as articulações como precipitadas.

— O poder Legislativo tem capacidade de estabilizar uma administração e também de criar muitos conflitos. (...) Está muito prematuro discutir isso agora no calor da gente aceitar as urnas — finalizou.

Início do fim

A Câmara anunciou ontem que a solenidade de diplomação dos prefeitos, vices e vereadores eleitos de Divinópolis e São Gonçalo do Pará será no dia 16 de dezembro, às 18h. A solicitação do uso do Plenário foi feita pela Justiça Eleitoral. A diplomação, condição para a posse dos eleitos, será em 1º de janeiro.

Durante a diplomação os candidatos eleitos recebem os diplomas, que são assinados, conforme o caso, pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) ou da junta eleitoral.

— Nada mais justo do que a sede da Câmara, a Casa do Povo, receber essa solenidade tão importante. O evento de diplomação acontecerá no dia 16 de dezembro, às 18h, e a novidade deste ano, é que serão diplomados os eleitos nas Eleições Municipais dos municípios de Divinópolis e, também, no mesmo horário, do município de São Gonçalo do Pará, que faz parte da 102ª Zona Eleitoral — comentou o presidente da Câmara, Kaboja. 

A solenidade será restrita aos eleitos e convidados da Justiça Eleitoral, como medida de segurança sanitária. Em razão da limitação, o evento será transmitido pelas redes sociais oficiais da Câmara.

Comentários