Amante da verdade

O Filósofo Plotino(205 d.C), foi considerado um amante da verdade e “pai do Neoplatonismo”. Dizia que “O mal não é próprio da alma, é um “agregado” devido a sua queda na pluralidade do mundo manifestado”. Explicava que a alma tem dois movimentos, um que a puxa para cima, para verticalidade do mundo espiritual, e um outro que a puxa para baixo, movimento que leva o homem a inércia.

Entretanto, quando nos voltamos para primeira força, chamá-la-ei de força da alma, poderíamos também entende-la como vocação como “chamado da alma”. Nossa alma seria convocada para viver o seu destino. O grande desafio para o homem, segundo  Plotino, seria o retornar ao mundo do Ser.

E tudo dependerá de como utilizamos nosso “estoque” de energia. O resultado será sempre matemático, ou seja, se dirigirmos para as necessidades espirituais, seremos mais "Ser", ao passo que se dirigimos nossa energia para a pluralidade das formas, seremos mais ligados à matéria.

A natureza da Alma será sempre diferente da natureza do corpo.  Não seria possível, portanto, “montar em dois camelos ao mesmo tempo”.  Se atendermos descontroladamente as necessidades do corpo, geraremos com isso, uma alma mais preguiçosa. Visto que o bem para o corpo não coincide com o bem para Alma.  Deveremos conquistar um equilíbrio oriundo de almas temperantes.

Para Plotino, na busca de nossa verdadeira natureza, a alma faria dois trabalhos: o de Organização e de Contemplação.  Poderíamos considerar a contemplação como sendo a união com Deus ou com aquilo que vem de Deus. Já sobre a organização, diria que seria precisamente indispensável atingirmos um equilíbrio interno para posteriormente conquistá-la também fora de nós.  Realmente qualquer organismo necessita de organização para atingir seus objetivos.

Plotino afirmava inclusive que o próprio universo estaria ordenado, e que existe a partir de uma “Vontade de Deus”. E desta mesma unidade Divina derivaram todas as coisas, cujo seu primeiro princípio seria a causa e origem de todos os seres, tendo, portanto, todas as almas uma mesma  e única origem Divina.

Podemos concluir que a filosofia de Plotino, também nos leva a uma fraternidade entre os homens, ao considerar que somos filhos dos mesmos pais espirituais, que nos apontam para um mesmo destino espiritual.             

Divinópolis, 12 de Julho de 2018.

Professor e Filósofo à maneira clássica
Elismar José Alves
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