Amanda Filgueiras é enterrada em Divinópolis

Suspeita está presa e pena chegar a 30 anos

Da Redação

A cidade ainda está de luto por Amanda Filgueiras Calais, de apenas seis anos, assassinada brutalmente nesta semana. Nas redes sociais são diversas mensagens de homenagens a ela e solidariedade à familía. Ela foi enterradano Cemitério da Colina, no bairro Jusa Fonseca. Uma missa também foi realizadana noite de ontem em memória de Amanda.

A Escola Estadual São Francisco de Paula, onde Amanda estudava, também foi coberta de cartazes com mensagens de pesar e homensagens.

Tristeza

O desaparecimento de Amanda foi reportado às autoridades por volta das 17h de quinta-feira, 8. Durante a noite, parentes, amigos e deconhecidos se uniram, juntamente com a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros, para encontrar a menina. Diversas mensagens pedindo ajuda e com fotos de Amanda circularam nas redes sociais.

No entanto, a descoberta de onde a menina se encontrava só veio durante a madrugada do da seguinte, com um estrondo escutado por moradores do bairro Lagoa dos Mandarins. O barulho era o corpo de Amanda sendo arremessado do segundo andar de um prédio.
A manhã amanheceu triste. O corpo de Amanda foi encontrado, vestindo apenas calcinha e a blusa de uniforme. Em seu primeiro depoimento, a vizinha e suspeito do assassinato, Sarah Maria de Araújo, de 38 anos, alegava que a menina tinha caído da janela de sua residência. No entanto, a perícia encontrou marcas de entrangulamento e constatou que a morte havia sido por afogamento.

Depoimentos e contradições

O crime, que ganhou repercussão nacional, estava envolto de detalhes que foram, pouco a pouco, esclarecidos pela Polícia Civil (PC).

Em seu primeiro depoimento, Sarah Maria de Araújo, de 38 anos, Amanda Filgueiras teria ido até sua casa para brincar com sua filha, de mesma idade. Enquanto Sarah estava no banheiros, as meninas ficaram sozinhas. Nesse momento, Amanda teria caído, acidentalmente, da área de serviço.

Ainda como contou o delegado regional da Polícia Civil, Leonardo Pio, a suspeita alegou que ficou com medo de como a mãe reagiria. Por isso, ao notar que não havia ninguém na rua, pegou o corpo de Amanda e o levou para o quarto de sua filha. Durante a noite, percebendo mais uma vez que não havia ninguém na rua, atirou novamente o corpo da menina na rua, simulando a queda.

O delegado esclareceu que tal versão não batia com a investigação, uma vez que a perícia constatou que a morte foi por afogamendo e não pela queda. Além disso, Sarah teria alterado a cena do crime, jogando a calça, o chinelo e a boneca de Amanda no lote ao lado da casa.
Desavenças

Segundo a versão da suspeita (e vizinha), Sarah Maria de Araújo, 38 anos, a mãe de Amanda a teria denunciado para o Conselho Tutelar. Representantes do conselho foram então até sua casa, onde dias depois a criança seria estrangulada e afogada, para visitar o local e informar que as denúncias contra seu comportamento como mãe seria apurados. A partir de então, tudo já se caminhava para um desfecho trágico.

- Eu pensei: como uma mãe tira um filha de outra mãe? Que coração é esse? Ela precisa sentir a dor de tirar uma filha dela - contou.

Sarah pediu para falar com a imprensa e deu mais detalhes sobre sua versão do caso. Ela afirma que a inteção nunca foi matar Amanda, mas sim a mãe, que a denunciara ao Conselho Tutelar. Porém, ela conta que "não conseguiria pegar a mãe" e acabou vendo em Amanda a oportunidade de se vingar.

- Minha intenção não era a menina, era a mãe. Porque ela fez uma denúncia para tirar minha filha de mim. [...] Se eu tivesse um revólver, era ela que eu irira pegar - afirmou.

Ainda durante sua fala com a impresa, Sarah explica, de maneira tranquila, que não precisou atrair a menina para sua casa. Ele era "imperativa" e estava acostumada a brincar com a sua filha.

Sarah ainda justificou os atos de crueldade contra a menina de seis anos como "o auge, na última loucura". Ela também afirmou que Amanda era um "anjo". Apesar de pedir perdão à mãe, ela a culpa pela morte.

Sarah Maria de Araújo está presa no Floramar e é investigada por homicídio qualificado com motivação fútil, crime de asfixia e fraude processual. A pena pode chegar até 30 anos de prisão.

O Jornal Agora acompanha o caso e novas informação serão divulgadas conforme as vestigações da Polícia Civil (PC) avançarem.

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