Aluguel de imóveis comerciais tem lenta recuperação

Jorge Guimarães

O ano de 2019 começou com a posse de novo governo federal e perspectivas de melhoras na economia do país. Em meio à espera de tais mudanças, que poderiam vir de imediato ou não, o mercado ficou em stand-by, praticamente em todos os setores e, principalmente no da construção civil, que amargava queda de quase 15% nos últimos quatros anos. Somados a este quadro, com o desemprego e, por consequência, o endividamento da população, o comércio sofreu queda nas vendas. E, para quem não estava preparado, o valor do aluguel pesou no fim do mês.

Queda

O sócio-proprietário de uma locadora de imóveis na cidade, Dirceu Lopes Albuquerque explica que no decorrer do ano passado, o mercado em Divinópolis teve uma queda perto dos 40% nos aluguéis comerciais, principalmente em áreas centrais. Já nos bairros considerados mais distantes, segundo ele, até que essa diminuição não ocorreu, pois o tipo de comércio é diferente em relação ao central.

— Nos primeiros dias deste mês, a procura já melhorou muito e alugamos alguns. A nossa expectativa é que, depois do Carnaval, quando realmente começa o ano para o brasileiro, as coisas melhorem ainda mais — conta.

Pesquisa

O empresário ainda informou à reportagem que a falta de pesquisa de mercado, da escolha da localização do imóvel e a de capital de giro também são fatores responsáveis por tantos imóveis fechados.

— Não podemos colocar a culpa somente no governo, o locatário também tem sua parcela de culpa. Muitos abrem um negócio sem mesmo pesquisar o local, o próprio mercado, e sem ter um capital de giro, pois, normalmente, um pequeno negócio tem rentabilidade em médio ou longo prazo. Já outros vão pelo modismo, como o que está acontecendo atualmente na cidade com as lojas de vendas de açaí e os novos modelos de barbearias — exemplifica o empresário.

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