Alimentação puxa queda de preços em junho

Resultado é o mais baixo para o mês desde o início do Plano Real

 

Jorge Guimarães  

Dados publicados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ontem, mostram que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de junho teve queda, -0,23%, e ficou bem abaixo dos 0,31% de maio. E o item alimentação foi um dos que contribuíram para a queda, preços estes já noticiados neste Diário, principalmente entre os hortifrutis, cereais e grãos. Assim, alimentação com  - 0,50% , foi um dos que apresentou queda mais intensa.      

Opções 

Verduras e legumes apresentam uma grande variedade de preços dependendo da loja ou local, levando–se em conta que a pesquisa ainda é uma boa prática para se economizar. 

Como alternativa para economizar, existem os sacolões em bairros que vendem produtos como tomate, batata, cebola, cenoura, batata doce, entre outros, por um preço único. Preços de R$ 2,49 durante a semana e de R$ 1,39 aos domingos são praticados na cidade.  

Outra questão segundo especialistas no assunto, é saber comprar, procurar sempre produtos de boa qualidade, se for solteiro, de acordo com eles, prefira comprar em pequenas quantidades para não perder mercadoria.  

Feiras  

As feiras ainda são uma boa forma de economia, pois garantem um preço mais baixo com relação aos mercados e os produtos são frescos.  

— Vou sempre na feira do Esplanada, aos sábados pela amanhã. Elas nos dão a vantagem de encontrar o produto fresquinho e o valor ser mais em conta. Lá, o consumidor pechincha e consegue um preço melhor. É uma pedida de todo sábado pela manhã — fala o aposentado Gilson Alves.   

Para o economista Leandro Maia, alguns fatores em conjunto são responsáveis por estes números positivos para a economia. 

— O primeiro item, e básico, é o da alimentação, pois com a safra recorde, de grãos, os preços estão em queda livre. O clima também tem ajudado para os legumes e frutas, assim o item tem sido um dos principais fatores de frear a inflação. Não podemos descartar também o baixo poder de compra do consumidor que faz também os preços caírem, com as promoções. Aliado a tudo isso vem a queda dos juros, Selic, com a qual o governo regulamenta uma parte da economia — avalia o economista   

Positivo  

O resultado da pesquisa que é o mais baixo para um mês de junho desde o início do Plano Real e o primeiro resultado mensal negativo para qualquer mês desde junho de 2006, que foi de -0,21%. O IPCA nunca foi tão baixo desde agosto de 1998, quando a taxa atingiu  - 0,51%. 

Com isso, o primeiro semestre do ano fechou em 1,18%, bem menos do que os 4,42% registrados em igual período do ano passado. Considerando-se os primeiros semestres do ano, é o resultado mais baixo da série. Em relação aos últimos 12 meses, o índice foi para 3,00%, abaixo dos 3,60% relativos aos doze meses imediatamente anteriores. Em junho de 2016, o IPCA foi 0,35%. 

 

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