Samu conclui 90% dos atendimentos

Relatório mostra que 23% das ligações ao Serviço Móvel de Urgência são trotes

Rafael Camargos

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) completa dois meses de funcionamento em Divinópolis na próxima segunda-feira, 7. Ainda assim é vítima de trotes telefônicos que começaram a ocorrer tão logo o órgão foi inaugurado.  

Se nas primeiras 24 horas de atendimento no Centro-Oeste uma a cada quatro ligações era trote, as falsas chamadas representam 23% das recebidas na Central de Regulação das Urgências em Divinópolis. Em meio a ligações desnecessárias, o serviço segue cumprindo a missão de salvar vidas. Das 5.280 vezes que as ambulâncias se deslocaram para atendimentos nas 54 cidades que atendem, 4.721 foram de ocorrências concluídas – total que representa aproveitamento de 90%.  

O Samu do Centro-Oeste conta com 31 ambulâncias distribuídas nas 25 bases descentralizadas.

Casos variados

De acordo com o diretor médico do Samu, Marco Aurélio Lobão, o número de casos solucionados começou no atendimento de estreia. 

— O primeiro atendimento teve orientações repassadas por telefone a um familiar da vítima, que fez o procedimento necessário. Aquela ocorrência se soma a esses bons números — explicou.  

O diretor afirma que durante ocasiões nas quais as ambulâncias foram enviadas e os atendimentos não foram concluídos podem ter ocorrido outros fatores – como, por exemplo, o socorro já ter sido feito pelo Corpo de Bombeiros.  

— Às vezes não é que não tenha dado certo. Também pode ter acontecido que o próprio solicitante desistiu do chamado. De qualquer forma, em situação classificadas como de urgência e emergência é melhor ter excesso que escassez de atendimento — frisou.

Tempo

Uma das determinações para um serviço rápido de urgência é o prazo máximo de 40 minutos para que a ambulância chegue ao paciente, independente do município do qual a solicitação foi realizada. Pelas informações do diretor, a meta tem sido batida. 

— Podemos atestar que conseguimos manter o tempo adequado — finaliza.

Balanço

Desde 7 de junho, o 192 foi acionado 34.390 vezes – média de 570 ligações por dia. As 31 ambulâncias distribuídas nas 25 bases descentralizadas se deslocaram 5.280 vezes e prestou 4.721 atendimentos de urgência. Por 559 vezes os deslocamentos se fizeram desnecessários por fatores como trotes, desistências de acionamento ou por antecipação dos bombeiros no atendimento, por exemplo. Ou seja: 1 a cada 10 solicitações de ambulância foram sem necessidade.       

Comentários