Ainda o Niterói

 

Nosso artigo da quarta-feira passada cometeu omissões imperdoáveis. Precisaria ser reescrito. Citar nomes, de pessoas ou de instituições, é sempre perigoso, pelo sim e pelo não. Vamos tentar reparar o erro, mesmo cientes de que, nessa tentativa, é possível ainda, em vez de reparar, aprofundar o erro. Correremos o risco.

Escrevíamos sobre o bairro Niterói. Além da Paróquia do Senhor Bom Jesus, cuja venerável Igreja Matriz foi elevada à categoria de Santuário, situam-se lá outras instituições importantes para a cidade e a região, como o Complexo de Saúde São João de Deus, o Instituto Helena Antipoff, o Hospital do Câncer, o Carmelo Imaculada Conceição, a Vila Vicentina, o Museu GTO.

Como pessoas destacadas do bairro, em certo período, fizemos a citação de duas somente: Geraldo da Costa Pereira e D. Corália Valinhas. É claro que muitas pessoas mais, ou todas, merecem ser e são lembradas. Pois todos nós, uns mais e outros menos, pelo bem ou o mal que fazemos, deixamos algum sinal e memória no entorno em que transcorrem as nossas pobres existências. Pois, se bem pensarmos, ninguém passa totalmente despercebido por este mundo.

Impossível falar do Niterói sem lembrar o genial escultor GTO, que ali viveu e produziu sua obra artística. Dali vieram lideranças políticas de expressão, como o vereador José Constantino Sobrinho, inesquecível pela simpatia e pela ética, a vereadora Maria das Dores Manoel, Dorzinha, que foi também secretária municipal, e o ex-prefeito Demétrius da Costa Pereira. A morte prematura impediu que o jovem prof. Ronan, que dá nome a uma rua, pudesse expandir em círculos mais amplos a inteligência e o talento que apenas começavam a manifestar-se. No campo religioso, recorda-se a figura do padre Teodoro Gottembos, um santo exemplar da saga de religiosos holandeses que vieram para a Diocese de Divinópolis. E também o padre Davi Ramos Fernandes, da Ordem de São de Deus, fundador do Coral Menino Jesus, de canto e danças portuguesas. Lá vive ainda o poeta e professor José Gomes Pimenta, que nos deu um belo poema, inspirado nas pedras e cachoeira que embelezam a entrada do bairro.

Muito mais poderá ser dito. Mas enfim, aí está, agora menos incompleto, um pouco do rico e colorido painel que foi e continua sendo o bairro do Niterói. Que o valorizem seus moradores, os divinopolitanos todos e os poderes municipais. Alguém, com melhor conhecimento e competência que nós, poderia escrever um estudo mais amplo sobre aquela parte do núcleo urbanístico histórico e original de Divinópolis. Fica o apelo para os alunos do curso de história da Uemg.

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