Ainda não

Editorial

Demorou, mas, enfim, Divinópolis progrediu para a onda vermelha do programa Minas Consciente. A cidade enfrentou mais de 30 dias a onda roxa, que é (ou pelo menos seria) equivalente a um lockdown. A grande questão disso tudo é: apesar da migração, a pandemia não acabou. Pelo contrário, abril ainda não terminou e já é o mês mais letal da pandemia, com mais de 100 mortes em apenas 22 dias. Agora, mais do que nunca, os divinopolitanos terão que fazer a sua parte para literalmente não ter que escolher entre morrer de fome ou morrer de vírus. Sim! Mais uma vez, repetimos a importância de cada um fazer a sua parte para que os profissionais da saúde não tenham que voltar a escolher quem morre e quem vive, e para que os governantes não precisem voltar a fechar tudo mais uma vez. Pois está mais claro que o sol do meio dia que estas decisões só precisam ser tomadas quando a situação sai do controle, e ela só sai do controle por causa do comportamento da população. 

No dia 9 de maio é comemorado o Dia das Mães, e com isso a tendência é que as pessoas saiam de casa para comprar presentes, e se reúnam para celebrar a data. Assim como foi pedido no Dia das Mães, Dia dos Pais, Natal, Ano Novo, Carnaval e outros feriados do ano passado e deste ano, mais uma vez é necessário implorar à população: faça a sua parte. A pandemia não acabou. Ainda não é o fim. Para não decretar falência, as lojas tiveram que inovar e apostar em novas estratégias. A tendência é que tudo isso continue, e a grande aposta é justamente o Dia das Mães, para tentar recuperar o que foi perdido no tempo de onda roxa. Mas, por mais chamativas e tentadoras que sejam as campanhas para ficar em casa, fazer suas compras pela internet, garantir a saúde de sua família é sem sombra de dúvidas a melhor escolha. A pandemia não acabou. 

Em sua teoria da seleção natural, Charles Darwin disse que “não é a espécie mais forte que sobrevive, nem a mais inteligente, mas a que melhor se adapta às mudanças”. Ser mais forte e mais inteligente neste momento não é o que nos salvará. Está mais do que claro que o povo precisa se adaptar. Afinal, ainda não é o fim da pandemia, e a situação exige, além de responsabilidade e empatia, adaptação. Tem como escolher o melhor presente sem sair de casa, tem como ajudar o microempresário sem sair de casa, tem como comemorar a data sem sair de casa, tem como evitar uma terceira onda da doença, basta nos adaptarmos. Está mais do que provado que tudo isso é apenas a colheita de um plantio. Hoje, o povo colhe o que plantou: irresponsabilidade, individualismo e egocentrismo. Se cada um fizer a sua parte, daqui 14 dias poderemos sonhar com a onda amarela, basta querer. 

A melhor forma de ajudar o comércio é não aglomerar, seguir as regras de prevenção, fazer compras on-line, não ir a festas, não fazer festas. A melhor forma de ajudar o empresário e o microempresário é ter atitudes que se transformem em dados epidemiológicos positivos. Pois não adianta falar que está seguindo as regras, quando os índices mostram outra realidade. Faça a sua parte, pois ainda não é o fim.

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