Ah, professor
É impossível escrever um editorial para falar de professores. Sem o texto estar em terceira pessoa. Afinal, eles são os nossos mestres. São os nossos heróis. O nosso alicerce para uma vida de sucesso. Não tem maneira melhor de começar esse texto do que com o cordel “A força do professor”, de Braulio Bessa.
“Um guerreiro sem espada,
sem faca, foice ou facão
armado só de amor
segurando um giz na mão
o livro é seu escudo
que lhe protege de tudo
que possa lhe causar dor
por isso eu tenho dito
tenho fé e acredito
na força do professor.
Ah... se um dia governantes
prestassem mais atenção
nos verdadeiros heróis
que constroem a nação.
Ah... se fizessem justiça
sem corpo mole ou preguiça
lhe dando o real valor
eu daria um grande grito.
Tenho fé e acredito
na força do professor.
Porém não sinta vergonha
não se sinta derrotado
se o nosso país vai mal
você não é o culpado.
Nas potências mundiais
são sempre heróis nacionais
e por aqui sem valor
mesmo triste e muito aflito
tenho fé e acredito
na força do professor.
Um arquiteto de sonhos
Engenheiro do futuro
Um motorista da vida
dirigindo no escuro
Um plantador de esperança
plantando em cada criança
um adulto sonhador
e esse cordel foi escrito
por que ainda acredito
na força do professor.”
Bonito mesmo é exercer uma profissão tão nobre e ao mesmo tempo tão desvalorizada. Bonito mesmo é estar ali, todos os dias, mesmo podendo trilhar outros caminhos. Bonito mesmo é repassar conhecimento, com tanto amor, carinho e dedicação, quando os tempos são sombrios. Bonito mesmo é ir para a sala de aula, e encarar o olhar dos desinteressados. Bonito mesmo é persistir na educação, quando tudo é cansaço. Bonito mesmo é se dedicar ao outro, mesmo não recebendo nada em troca.
É impossível viver uma vida sem se lembrar da primeira professora. Aquela que toda paciência pegou nas nossas mãos e nos ensinou as primeiras letras, os primeiros sons, as primeiras contas. Ah, a primeira professora. Não há quem não se lembre. Não há quem guarde esta lembrança com tanto amor em sua memória. Depois da primeira, muitos outros passam em nossas vidas. Mas ela, não. Ela fica ali, guardada no coração, nos lembrando que foi ali o primeiro passo de uma vida cheia de aprendizagem.
Quem dera se todos tivéssemos a força do professor. Quem dera se todos tivéssemos a determinação de um professor. Quem dera se a população defendesse professor como defende político. Quem dera se eles fossem valorizados como devem ser. Quem dera se eles tivessem o devido respeito durante todo ano e não só no dia 15 de outubro, anteontem. Afinal, o que seria do ser humano sem o professor? É deles o sucesso que cada um tem em sua vida. É deles o conhecimento repassado. É deles tudo o que as nossas crianças são e serão no futuro.
Hoje queremos agradecer aos nossos mestres. Aos nossos verdadeiros heróis, por não desistirem, por serem toda esta força, por serem amor com um giz na mão, por serem dedicação com os livros nos braços, por serem tudo o que a pátria precisa. Queremos desejar vida longa aos nossos mestres. Que eles vivam eternamente no coração de cada um e que não desistam desta caminha tão árdua, mas que traz coisas muito boas para as nossas vidas!