Aguapés equivalem a quase 2 mil caminhões

Trabalho intenso começou em março; nesta época  proliferação é maior

 

Da Redação 

Com a queda no volume de água em rios, lagos, lagoas e represas, nesta época do ano, é comum que o lixo e esgoto se apresentem em maiores quantidades; e é neste cenário que os aguapés se proliferam desenfreadamente. É a situação atual de boa parte dos rios Itapecerica e Pará. Não é de hoje que planta tem dado trabalho, matando aos poucos os peixes e a vida no rio.

Responsável por abastecer a cidade, ele tem lutado para sobreviver, mas fica a cada dia mais difícil com esgoto inatura, ainda sem tratamento, lixo e entulho, jogados pela população. Além da estiagem.  Para tentar diminuir os danos, a prefeitura tem feito um intenso trabalho de retirada dos aguapés, um serviço que completou seis meses.

De lá para cá, nesta luta diária já foram retirados 1.920 caminhões da planta aquática.

Equipe 

Nove funcionários da Secretaria Municipal de Operações Urbanas (Semop) trabalharam diariamente retirando os aguapés encontrados em maior concentração nos bairros Esplanada,Porto Velho, Niterói, Candelária e outros. Por dia, os funcionários da Prefeitura limparam uma área de 500 metros quadrados.

O trabalho começou com colaboradores soltando aguapés das margens com apoio de barcos, bambus e ganchos. Depois, as plantas são puxadas com auxílio de cordas até o local onde a contenção que possibilita a entrada de caminhão e de retroescavadeira é executada.

O caminhão para ao lado da retroescavadeira para fazer o carregamento e as plantas são levadas para o local de saturação. Em seguida, os aguapés são retirados do rio e colocados no ponto de acúmulo e saturação. É nos locais que as plantas perdem o volume de água para facilitar o descarte no aterro controlado.

Acúmulo 

De acordo com a secretária municipal de Operações Urbanas, Cláudia Abreu, o trabalho começou em março e foi intenso para não se acumularem os aguapés.

— Todos os dias, os funcionários saem de barco para deixar acumular os aguapés. O que é um trabalho árduo e difícil devido à forte proliferação da planta — destacou.

O diretor de Operações da Semop, Rodrigo Alves de Assis, também comentou o trabalho realizado. Para ele, do bairro Esplanada até o bairro Candelária, existiam cinco pontos de retirada de aguapés.

— Quando a população vê grande quantidade de aguapés reunidos em só um local, é ali o ponto de retirada. Os aguapés são direcionados para locais que permitem aglomeração para que profissionais e máquinas possam realizar o trabalho — explicou.    

Praga 

A reprodução da planta não necessita de sementes, já que novos brotos nascem diretamente do caule de outra planta e nesta época do ano eles chegam a produzir até 1,1 kg de massa vegetal nova por metro quadrado por dia.  (RC)

 

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