Afogamentos aumentam 30% em 2017 na região

 

Rafael Camargos  

As altas temperaturas no Centro-Oeste de Minas têm feito com que muita gente aproveite cada vez mais os rios e lagoas da região, afinal, o Estado não tem mar. Mas este fato, gera preocupação, uma vez que o número de afogamentos vem registrando uma crescente em relação ao mesmo período do ano passado.  

Para se ter uma ideia, em outubro de 2016 os Bombeiros não atenderam nenhuma ocorrência de afogamento. Neste mês já foram três. Todas as vítimas foram encontradas mortas. 

Em todo o ano passado, 13 ligações no 193 eram referentes a pedido de socorro de parentes ou amigos de vítimas de afogamentos, este ano até o momento são 17. Um aumento de 30.77% e o ano nem terminou. 

Segundo o 10º Batalhão do Corpo de Bombeiros, em Divinópolis, a população muita vezes é imprudente ao entrar na água, o que acaba gerando os transtornos. 

Orientação 

O assessor de comunicação da corporação, tenente Thiago Boaventura, orienta para que os banhistas fiquem atentos.  

— É importante que os banhistas tenham consciência e não entrem na água após fazer o uso de bebidas alcoólicas. Outra orientação é não nadar em locais desconhecidos, onde não se saiba a profundidade ou se existem correntezas muito fortes. Os pais devem sempre ficar de olho nas crianças e, por fim, sempre procurar locais que tenham salva-vidas — finalizou. 

 Mortes 

O corpo de bombeiros atendeu neste me, três mortes por afogamento. No início do mês, um jovem de 20 anos morreu depois de se afogar num local conhecido como Prainha, no rio Pará, no domingo, 8, em Carmo do Cajuru. Os Bombeiros conseguiram resgatar a vítima depois de 40 minutos. 
Segundo a corporação, Mateus Pereira Alves foi resgatado e entregue a uma ambulância. Ele foi encaminhado para uma equipe médica, que constatou a morte. O jovem estava com o corpo rígido, baixa temperatura corporal e não apresentava pulsão, bem como movimentos respiratórios. 
Um homem de 52 anos morreu após se afogar em uma lagoa localizada numa fazenda em São Sebastião do Oeste.  Ele teria ingerido bebida alcoólica antes de entrar na água, conforme testemunhas relataram aos Bombeiros. 

Por volta de 19h50, a equipe chegou ao local. Devido à escuridão, os militares tiveram dificuldades em realizar o trabalho. 

Segundo relatos de testemunhas, José Moisés teria feito uso de bebida alcoólica e entrou na lagoa para se banhar. 

Ele teria se distanciado da margem para um local mais fundo e submergiu. Ele chegou a gritar por socorro por duas vezes, porém foi mais visto pelos seus colegas, que ainda tentaram resgatá-lo. 

De acordo com a corporação, foi feito um estudo do local para poder encontrar a vítima. Com as informações, foi feito um mergulho saindo de uma margem na parte funda da lagoa, onde a vítima teria sido vista. 

Após 10 minutos de trabalhos, chegando a uma profundidade de aproximadamente quatro metros e distante da margem cerca de 10 metros, foi localizado o corpo já sem vida, sem 

 nenhuma lesão significativa. No último fim de semana, o corpo do homem que havia desaparecido na sexta-feira, 20, enquanto nadava em um trecho do rio Pará que corta o povoado de Velho da Taipa, em Conceição do Pará foi encontrado. Segundo os Bombeiros, Gleison Júnior Teles, se afogou enquanto nadava em um local bastante frequentado por banhistas.  

Segundo pessoas que estavam no local, Gleison não sabia nadar e ingeriu bebida alcoólica antes de entrar na água.  

Ao entrar no rio, o banhista submergiu e não retornou à superfície. Após algumas horas de busca, os Bombeiros encontraram o corpo.  

 O último caso registrado foi em Divinópolis. O corpo de um pescador de 50 anos foi encontrado no rio Itapecerica, ele estava desaparecido desde a última quinta-feira, 19, quando a conoa virou e ele ficou preso a uma tarrafa de pesca e se afogou.  

Ao perceberem que o pescador não havia voltado para casa, na quinta-feira alguns parentes dele foram ao local onde ele costumava pescar e acharam a canoa virada.  

Militares do Corpo de Bombeiros foram chamados e começaram as buscas. O corpo foi achado boiando em uma das margens, perto da ponte do Niterói.  

 

 

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