Academia Divinopolitana de Letras inaugura sede própria

Da Redação 

A Academia Divinopolitana de Letras (ADL), que iniciou suas atividades em 12 de junho de 1961, promove nesta sexta-feira, 13, às 16h, solenidade de inauguração da sede própria localizada na avenida Coronel Júlio Ribeiro Gontijo, 311, bairro Esplanada. O imóvel fica ao lado da Praça dos Ferroviários onde está instalada a Maria Fumaça, em frente à entrada principal da Rede Ferroviária, atual Ferrovia Centro-Atlântica (FCA/VLI) Logística.

 O secretário municipal de Cultura, Gustavo Mendes Martins, entregará ao presidente da Academia de Letras, Flávio Ramos, a publicação do Acordo de Cooperação Técnica que representará na prática um Termo de Cessão do imóvel pelo Município que estabelece o direito de a entidade representativa da cultura literária permanecer na ocupação do imóvel por 20 anos, mesmo prazo destinado pela União, quem detém o direito de propriedade, consoante com o Processo 04926.000619/2018-71.

A ADL anunciará também diversas parcerias, dentre elas, a assinatura de um convênio com a Editora Gulliver, que possibilitará a publicação de obras com mais facilidade e descontos especiais com exclusividade para os acadêmicos divinopolitanos, além da parceria com a Secretaria Municipal de Cultura em atividades e eventos para o incentivo à leitura de todos os gêneros literários e em todas as faixas etárias, além de promover atividades culturais diversas.

O presidente da ADL, Flávio Ramos, destacou que para a conquista da sede própria foi fundamental a atuação do vereador Edsom Sousa, do então deputado federal Jaiminho Martins e de sua assessora Parlamentar à época, Sandra Helena, que encontraram o imóvel disponível junto ao Patrimônio da União e viabilizaram a sua destinação para a instalação da sede da entidade literária.

Flávio Ramos também ressaltou a importância que teve o prefeito Galileu Machado, que, sensível ao movimento cultural e literário de Divinópolis, valorizou uma das mais importantes e tradicionais entidades da cultura do município ao concordar com a cessão do imóvel para instalação da sede própria da Academia e do esforço do secretário de cultura, Gustavo Mendes, em agilizar o desenlace burocrático da documentação junto ao município.

 — O grande desafio começa agora que temos a posse da sede própria da Academia de Letras, que é o de encontrar formas que nos possibilitem fazer diversas adequações físicas de um imóvel que estava bem degradado e o de construir uma estrutura externa. Esta nos permitirá realizar atividades e eventos que possam render recursos financeiros para a manutenção do próprio imóvel e das atividades culturais que beneficiarão a comunidade divinopolitana — previu o presidente da ADL, Flávio Ramos.

Ele adiantou que pretende recorrer a profissionais renomados de arquitetura e engenharia dispostos a doar uma prestação de serviço que, primeiro, elaborem um ambicioso projeto de reforma do local e, depois, doação de material de construção e mão de obra para o erguimento de um espaço multiuso para eventos aproveitando a grande área externa do imóvel, após concordância do Município para eventuais alterações.

História ADL

A Academia Divinopolitanta foi fundada há 58 anos. A ideia de criação da ADL surgiu nas tertúlias literárias de José Maria Álvares da Silva Campos e Sebastião Benfica Milagre, na antiga Farmácia Campos, na rua Goiás. Jadir Vilela de Souza, que regressava a Divinópolis, também se juntou a eles. Como a data de aniversário de Carlos Altivo, outro seduzido pela proposta, estava próxima, e ele realizaria um encontro comemorativo, acertou-se que a Academia seria criada oficialmente em 8 de junho de 1961, como realmente acabou acontecendo.

Foram convidados os primeiros ocupantes de cadeiras, que, juntos com os fundadores, constituíram o que o confrade José Dias Lara denominou de “os 12 apóstolos da ADL”: Jadir Vilela de Souza, Sebastião Benfica Milagre, José Maria Álvares da Silva Campos, Carlos Altivo, Gentil Ursino Valle, Rosenwald Hudson de Oliveira, Odilon Ferreira Santiago, Geraldo Moreira, Joaquim Coelho Filho, Petrônio Bax, José Carlos Pereira e Rosa de Freitas Souza.

Em 21 de junho daquele ano de 1961, era eleita a primeira diretoria, sendo escolhido como primeiro presidente, Gentil Ursino Valle, em reunião presidida por José Maria Campos, o mais idoso dos presentes.

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