A Serva do Senhor

Estamos às vésperas de mais uma festa promovida pela Igreja em celebração aos méritos de Maria, desta vez com o título de Nossa Senhora da Conceição Aparecida. Mais uma oportunidade para que possamos refletir sobre o papel de Maria na história da salvação. Ao longo dos últimos 20 séculos, Maria tem recebido inúmeros títulos dados pelas pessoas de coração simples, à medida que a Mãe intercede diante do Trono Celeste pelos pobres e desvalidos.

Honrar a Maria não significa, em hipótese alguma, colocá-la no lugar que pertence a seu Filho; mas, em sã consciência, ninguém pode desmerecê-la, pois, na sua época, entre todas as mulheres, foi a escolhida para ser a mãe do Salvador. Durante nove meses, o carregou em seu ventre; então, Cristo é sangue do seu sangue, é carne da sua carne. Enviado pelo Altíssimo, foi o arcanjo Gabriel quem disse: “Ave cheia de graça, o Senhor é contigo”. Ao fim da saudação, e depois dos questionamentos de direito, Maria assumiu a responsabilidades: “Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra”.

Ciente de seu papel, quando da visita à prima Isabel, Maria mesma profetizara: “Doravante todas as gerações me proclamarão bem-aventurada, porque realizou em mim maravilhas aquele que é poderoso e cujo nome é Santo” (Lc. 1,48-49). Ninguém pode se proclamar servo do Senhor se não se espelhar em Maria. Como mãe, foi mestra do Salvador, mas esvaziou-se dessa condição, a priori, para ser a sua primeira discípula. “Meu pai, minha mãe e meus irmãos são aqueles que ouvem a palavra de Deus e a põe em prática”, disse Jesus. Maria concebeu e deu à luz a Palavra encarnada.

A Bíblia registra sua presença aos pés da cruz e o povo lhe dera o título de Nossa Senhora das Dores; ao receber o filho morto nos braços, o título de Nossa Senhora da Piedade.

“Fazei tudo o que ele vos disser”, recomendou a mãe zelosa aos empregados do noivo que ficara sem vinho na festa de casamento, em Caná da Galileia. Como resultado, os convidados se deliciaram com um vinho de qualidade superior, não degustado antes. Os pedidos feitos à mãe, comprovadamente, são atendidos pelo Filho.

“Jamais se ouviu dizer que fosse por vos desamparado quem tenha recorrido à vossa proteção e implorado o novo valimento”, proclama São Bernardo. Assim, não percamos mais esta oportunidade de recorrer à Mãe Santíssima, para que ela interceda ao Altíssimo pela humanidade e, especialmente, pela Igreja, que atravessa uma crise sem precedentes, pois querem tirar Jesus do centro do altar, para que o espaço seja dividido com outros deuses. Mas Jesus foi o único que deu a vida para remir os pecados da humanidade. A Ele a honra e glória!

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