A nova velha política

Estamos mais uma vez naquela fase de escolhas, com ou sem pandemia, eles estão de volta, com todo seu jeito de sedução e artimanhas, está oficialmente aberta a temporada “Corre que vem político chato aí”.

Amnysinho Rachid

Outro dia fui convidado para uma celebração em uma linda e charmosa capelinha em homenagem à Nossa Senhora do Rosário e São Benedito, avisei que levaria uma grande amiga e logo me perguntaram se esta pessoa era candidata nestas eleições. Sosseguei a turma dizendo que não, foi bom demais, mas aí deu para notar como a turma está cansada da politicagem.

Temos visto todo tipo de propaganda, ricas e produzidas, algumas criativas e perspicazes e a maioria pobres e ridículas.

Adorei aquela propaganda que pede bem rasgado: “Não vote em candidatos que já foram eleitos, vote em uma turma nova”...

Fiquei encantado e, por que não dizer, com uma certa inveja da turma de Carmo do Cajuru. O atual prefeito, Edson Vilela, não tem adversários políticos no pleito por mais um mandato para prefeito. Isso prova que, quando o serviço é bem feito, a população valoriza e até os contrários aceitam o que é melhor para seu povo. 

Se você fizer uma visita à nossa querida cidade vizinha, vai notar o que estou falando, o município está sendo bem dirigido e cresce a olho nu. O grande número de indústrias se instalando e a quantidade de bairros aparecendo com infraestrutura prova o que digo. A zona rural com asfalto na porta facilita o crescimento da economia, sem falar do turismo que está acontecendo na barragem. Gostaria muito que nossos políticos pegassem umas aulas pela banda de lá.  

Com tanto modernismo e sofisticação em tempos de internet, ainda acredito que antigamente as propagandas eram mais pitorescas e, por que não dizer, mais criativas. Os candidatos, na sua maioria, bolavam por conta própria seus slogans e aí apareciam verdadeiras pérolas: “Tinino vote no Zé Quintino”, “Bão é o Bastião”, “Tá bão, vote no Tão”, “Adjames Andrade homem de verdade”, “Ei, gracinha, vote na Glorinha”, e por aí a coisa fluía, sem falar nas musiquinhas chicletes que, querendo ou não, você cantava o dia inteiro.

Como antigamente não existia a internet, notícias falsas e tudo mais que fazem a alegria do povo cibernético, a coisa acontecia diferente, era a famosa conversa no pé do ouvido.

Existiam pontos da fofoca e a coisa corria solta. A turma dos aposentados ficava de plantão na rua São Paulo e a coisa prosperava pela Casa da Manteiga, Copo Limpo, Mercado Municipal, Íris Hotel, nas barbearias e muito mais.  As notícias que caíam nestes lugares viravam pavio de pólvora, as rádios tinham um papel importante, pois noticiavam quem eram os candidatos e o que iriam fazer.

Me lembro de buscar a turma da zona rural para votar e, no caminho, com certeza fazia a campanha para o nosso candidato.

Acredito que existia muita treta nas eleições, mas a coisa era mais simples, sabíamos quem eram os candidatos, de onde vinham e com certeza o que fariam.

E continuamos aqui, lutando a cada dia por momentos melhores. TOK EMPREENDIMENTOS, rua Cristal, 120, Centro. 

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