A formação moral dos nossos filhos

É de deprimir a linha descendente que se observa no seio das grandes comunidades humanas, especialmente entre os jovens, sobre os quais mais repercute a falta de atenção por parte dos adultos. 

Pais e professores mal podem orientar a juventude, quando neles mesmos estão radicadas as causas que vêm de longe, e que tantos prejuízos sempre ocasionaram à moral do homem. É um fato inegável que a orientação dada à infância e à juventude carece de verdadeiro incentivo moral. Nem a criança nem o jovem são levados a formar um conceito claro de sua responsabilidade como seres inteligentes e donos de uma vida que devem dignificar com o exemplo de sua vontade posta a serviço de suas aptidões. Em outros termos, não lhes é ensinado a ser conscientes do que pensam, fazem e sentem.

A juventude, por exemplo, sofre a falta de uma preparação básica para a vida. Não recebe diretrizes precisas que lhe determinem a conveniência de seguir uma conduta reta, que deve ser ilustrada com imagens claras a respeito das responsabilidades que cada indivíduo assume, tanto na família como na sociedade.

É necessário que o jovem chegue a compreender a fundo que toda infração aos princípios morais e sociais de convivência humana introduz uma perturbação em sua vida, em prejuízo do conceito que merece. Além de atender a todos esses aspectos, o ensinamento logosófico vai mais adiante: ensina o jovem a ser cons­ciente de seus pensamentos e atos. Desse modo, adverte-lhe que suas aspirações de êxito na vida deverão condicionar-se a um comportamento que não desvirtue a legitimidade delas.

O incremento da delinquência juvenil obedece, em grande parte, ao fracasso dos sistemas pedagógicos empregados até o presente. As mentes dos jovens são assaltadas por pensamentos que os levam a cometer toda classe de deslizes.

A pedagogia logosófica inclui, para estes casos, um elemento de grande valor: as defesas mentais, que agem sobre os pensamentos negativos como os repelentes usados para eliminar insetos. O conhecimento do sistema mental e dos pensamentos que se hospedam na própria mente, a eliminação dos maus ou inúteis e o aumento dos bons ou úteis são fatores importantíssimos de defesa mental.

A moral se edifica com o bom exemplo, não com palavras. Nutre-se e afirma-se numa atitude que surge do ser interno como imperativo da consciência. Essa atitude é o respeito; o respeito que cada qual deve ter para consigo mesmo, a fim de não prejudicar seu conceito com pensamentos, palavras ou atos que o difamem; o respeito ao semelhante, que outorga a mesma consideração por parte dos demais; o respeito a Deus, afastando da mente todo pensamento ou ideia que não favoreça a aproximação a Ele pelo caminho do saber e da perfeição; finalmente, o respeito que se deve a tudo o que, por sentimento natural, inspira respeito.

Em outros termos, aprende a ser grato e a inspirar uma boa recordação em todas as partes. É um crédito moral nada desprezível.

Trechos extraídos do livro Curso de Iniciação Logosófica, p. 80/82. Por Carlos Bernardo González Pecotche (Raumsol).

Para saber mais sobre este assunto, participe do curso para pais e professores, dia 24 de agosto, das 8h30 às 11h30 na sede da Fundação Logosófica de Divinópolis, com entrada franca. O endereço é rua Santa Catarina, 1767, esquina com rua Coronel João Notini, no bairro Sidil.

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