A chatice como arma

Augusto Fidelis

Segundo especialistas da Universidade de Java, nunca antes na história do mundo houve tanta gente chata na face da terra como a atual geração. Estudos indicam que as pessoas estão insuportáveis e, às vezes, não toleram a si mesmas. Não há mais comunidades pacíficas, famílias imunes à intolerância ou união entre amigos. Depois da criação das redes sociais, o bicho pegou para valer. A vigilância sobre a vida alheia é constante.

Na contramão das autoridades de saúde mundo afora, vozes discordantes alertam que só se deve usar máscara quando há aglomeração e o distanciamento de um metro e meio não seja possível, por uma questão muito simples: a gente respira oxigênio e expele gás carbônico, que é nocivo à saúde. A máscara impede a saída do referido gás, e este, novamente respirado, envenena o sangue, baixa a imunidade e deixa o caminho aberto para qualquer doença tomar conta do organismo, sem resistência.

No Brasil, não se morre mais de outras doenças, apenas de covid-19. A mídia toca pânico na população, inflando o número de contaminados e de mortos. Até a última terça-feira, o estado do Ceará registrava 108.225 contaminados e 6.076 mortos. A população sente-se encantoada, porque não tem como verificar se é verdade ou não. Se as próprias autoridades de saúde batem cabeça, o que dirão as pessoas comuns, cujas fontes de informação são a televisão e mensagens pelo celular, na maioria das vezes.

O presidente Bolsonaro mantém como interino no cargo de ministro da Saúde o general Eduardo Pazuello. Mas não se ouve mais falar sobre ele e sobre suas ações. O que o Ministério da Saúde faz religiosamente é pegar dados nos estados e atualizar o número de infectados e de mortos, mas, pelo jeito, ninguém verifica a veracidade dos dados. Todo mundo sabe que há prefeitos e governadores mal-intencionados. No nosso meio, os fiscais da máscara aporrinham a quem age diferente, mesmo que a rua esteja deserta. 

Enquanto todos se mantêm concentrados na missão de aborrecer uns aos outros por causa do “corona”, especialistas chineses acabam de anunciar a descoberto de novo vírus, com potencial pandêmico, tendo o porco como hospedeiro. Outra gravidade: China e Índia estão em estado beligerante e a qualquer hora podem dar início à Terceira Guerra Mundial. Ambas possuem arsenal atômico. Presidente do Irã quer prender presidente dos Estados Unidos e os protestos contra o racismo pipocam ali e acolá. 

No nosso país, além dos problemas políticos e da militância jurídica, empresas quebram, aumenta o desemprego, gafanhotos aguardam na Argentina a hora de destruir as nossas lavouras e ciclones atacam nos estados do Sul, com muita destruição. Enfim, é muita chatice!

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