A bolsa da moda

BLOCO DE MODA

Wagner Penna

 

A bolsa da moda

 

O circuito fashion está cada vez mais longe das passarelas e visitando mundos até aqui bem distante do glamour, formas e cores que moldam o mundo da moda.

Primeiro foi a suspensão do vaivém dos modelos em desfiles das grandes marcas pelo mundo agora, substituídos por vídeos e fotos de divulgação em razão da pandemia da covid-19.

Agora, a cena fashion foi povoada por gestores e traders das bolsas de valores,em uma disputa sobre quem compra quem ou quais marcas estão gerando mais lucros com a subida de suas ações.

Depois de lançamentos de ações bem-sucedidas (como o caso da Enjoei, em novembro passado) e de fusões que resultaram em valorização das empresas (caso da Arezzo/Reserva, por exemplo), a semana foi tomada pelo caso da centenária Hering, que recebeu oferta do Grupo Arezzo e agora segue disputada também por outros grupos da industria & comércio fashion.

Resumo da ópera: a moda virou negócio de gente grande.

 

VAIVÉM

 

  • A queda nos índices de contaminação da covid-19 nos Estados Unidos levou os organizadores da Semana de Moda de Nova York a voltar com desfiles presenciais em sua próxima edição, que acontecerá do dia 8 ao dia 12 de setembro. A informação foi liberada pelo Sindicato da Moda dos Estados Unidos - CFDA. Mesmo assim, algumas marcas manterão o atual formato de se apresentar de forma on-line.

 

  • O incêndio no Paquistão em uma fábrica de roupas acabou criando um movimento mundial em defesa das trabalhadoras do setor em todo o mundo. Foi a semente da Semana Fashion Revolution 2021 (que debate o lado social e ambiental do setor) que, desde o ano passado, acontece de forma virtual. Embora seja internacional, valoriza também a pegada local. No Brasil, os mineiros têm a segunda maior participação da promoção, depois de São Paulo.

 

PONTO FINAL. 

 

A chamada economia circular ganhou uma adesão de peso internacional. O fato é que a poderosa marca de tênis Nike colocou à venda seus modelos usados, isto é, os que foram devolvidos para reparos e deixados por lá pela clientela volúvel. Com isso, atendeu parte da clientela e, ainda, evitou os reflexos nocivos que a fabricação de quantidade equivalente de novos pares gerariam ao meio ambiente. Bacana, não?

 

Foto: Divulgação

 

LEGENDA / Alexandre Birman, CEO da Arezzo

 

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