2018 chega com 13 feriados; só dois caem no fim de semana

 

Jorge Guimarães

O vermelho na folhinha promete fazer a alegria dos trabalhadores brasileiros em 2018. O ano novo chega repleto de feriados. Serão 13 no total e apenas dois caem no fim de semana. Além disso, pelo menos sete serão prolongados.

A Copa do Mundo de 2018 também deve possibilitar algumas folgas nos horários dos jogos do Brasil. Quanto a feriados municipais, Divinópolis terá o 1º de junho, aniversário da cidade, numa sexta-feira, e o dia 8 de dezembro, Dia de Nossa Senhora da Conceição, num sábado.

 

Viagens

 

Um dos segmentos que mais lucram com os feriados é, sem dúvida, o do turismo. Assim, mesmo pouco dinheiro sobrando, os brasileiros buscam alternativas mais econômicas para aproveitar as folgas.

As malas regressam menos recheadas de compras e a média de duração das viagens diminuiu. Agora, em geral, segundo quem trabalha no setor, duram uma semana, para aqueles que se dão ao luxo, ou mesmo só um feriado prolongado

  

Dólar

 

Com o dólar negociado na manhã de ontem na casa de R$ 3,31, confirma-se a tendência de instabilidade do valor da moeda norte-americana. Junte-se a isso outros fatores, como a redução em 10% nos preços das passagens aéreas em novembro e que a emissão de passaporte exigirá menos documentos. Esse cenário pode favorecer a temporada de viagens internacionais no início de 2018.

– Vislumbrando esse segmento internacional, que volta aquecido neste início de ano, depois de seguidas altas na moeda norte-americana, preparamos pacotes especiais como o de Peru, em abril, com visitas a Lima, Cuscu, Vale Sagrado e Machu Picchu; e o de Portugal, com Santiago de Compostela, com saída em maio. Em novembro, teremos Tailândia, com Camboja e Dubai. Fora dos pacotes, as vendas de passagens internacionais mantiveram-se estáveis durante o ano de 2017 – avalia Nelma Gontijo, empresária de uma agência de viagem da cidade.

 

Turismo interno

 

Opções para turismo no Brasil também não devem faltar.

– Estamos já com pacotes para o Carnaval, Semana Santa, Corpus Christi e feriado de 1º de Junho. Neste ano, além da tradicional viagem à Pousada do Rio Quente, teremos também um pacote especial também para o 1º de Junho e Corpus Christi no Vila Galé Marés Resort – all inclusive – na Bahia. Agora, para janeiro, temos Gramado e, para fevereiro, Natal e Fortaleza. E lembrando que as praias do Nordeste ainda são os destinos mais procurados, não só no verão, mas ao longo de todo o ano – ressalta Nelma.

Em outra agência de viagens, no Centro da cidade, a preparação e a procura são intensas.

– Temos procura para todas as datas comemorativas deste primeiro semestre. Internacionais, temos pacotes para Buenos Aires em abril e Portugal, com Santiago de Compostela para setembro. Temos também a Semana Santa no Peru e muitas outras. A procura está sendo muito boa e esperamos um ano com bons negócios — avaliou o agente de viagem Toninho Silva.

 

Números

 

A movimentação nas agências e operadoras de viagens e sites de buscas, que apostam no crescimento de dois dígitos nas vendas de verão, confirma a expectativa da sondagem do Ministério do Turismo. O órgão registrou em novembro o maior aumento da intenção de viagem do brasileiro neste ano. As perspectivas são otimistas também para 2018, devido às expectativas de recuperação da economia e aquecimento do mercado de viagens.

– Para a alta temporada 2017/2018, temos uma expectativa de aumento de 30% nas vendas. Para 2018, já contando com certa retomada da economia, esperamos um crescimento de 10% com relação ao período anterior – opina a presidente da Associação Brasileira das Operadoras de Turismo (Braztoa), Magda Nassar.

 

Por outro lado...

 

Na contramão do segmento de turismo, outros setores projetam prejuízos com os feriados, como o comércio e a indústria. Em um momento em que o país precisa retomar o emprego e aumentar a produtividade, esses segmentos enxergam prejuízos causados pelas folgas.

Pelos cálculos da Confederação Nacional do Comércio, para 2018 todo, a previsão de perda no comércio é de cerca de R$ 22 bilhões.

Comentários