"Respeitamos o comitê, mas a decisão final é do prefeito", justifica Janete

Da Redação

Divinópolis volta, a partir de segunda-feira, 11, para a onda amarela. Apesar da recomendação para não avançar, o prefeito Gleidson Azevedo (PSC), optou por autorizar a reabertura do comércio. Na manhã de hoje, 7, comerciantes foram até a Prefeitura para cobrar o retorno à onda amarela e voltarem a funcionar. 

Após a decisão, prefeito e vice, Janete Aparecida (PSC), desceram e fizeram um dircuso, que circula pelas redes sociais. No vídeo, o prefeito garante: "O comércio não é culpado disso, eu tenho certeza". Apesar da convicção ele fez um alerta que, caso não haja desaceleração da piora dos índices, Divinópolis pode voltar a onda vermelha e, desta vez, ele não terá condições de impedir.

— Divinópolis está a um ponto da onda vermelha — explicou. 

Aos empresários, ele disse que não se intimidará pela pressão caso a regressão seja necessária.

— Não vou abrir comércio por pressão na porta da prefeitura. Se, a partir de semana que vem, o Minas Consciente sair e Divinópolis estiver na pontuação da onda vermelha, vamos voltar para onda vermelha. E você podem voltar para a prefeitura e continuar a manifestação, pois é uma democracia e direito de todos — comentou.

Para evitar um novo fechamento do comércio, Gleidson destacou que, na segunda-feira, 40 fiscais e um carro de som estarão nas ruas para orientar a população. A expectativa, disse, é que o transporte público, gradualmente, aumente sua frota em circulação.

— A minha prioridade é a vida — finalizou.

Em seguida, a vice-prefeita também comentou sobre o assunto e destacou sua preocupação com o cenário nos próximos dias, visto que os pacientes sintomáticos contaminados em festas de fim de ano devem começar a apresantar sintomas mais grave neste período.

— A ocupação dos leitos está chegando a 100%. De todos os hospitais — avaliou. 

 E, mesmo com os esforços do poder público, parte da responsabilidade ainda é dos moradores.

— O número de fiscais não é suficiente para demanda. (...) Precisamos da ajuda da povo, isso não é culpa da fiscalização, mas de todos os cidadãos que não tem consciência — exclamou.

Sobre a decisão de ignorar a recomendação do comitê, Janete disse:

— Nós respeitamos o comitê, mas a decisão final é do prefeito.

Por fim, ela disse que o Executivo tem realizado reuniões e ações para, por exemplo, organizar filas de banco e "fazer o possível o impossível para cuidar da saúde dos divinopolitanos". E lamentou quem, em tom de desprezo, não tem empatia pelas mortes por covid-19 na cidade. 

— Doeu meu coração ouvir que "foram só cem vidas". Uma vida importa — afirmou.

 

 

 

 

 

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