Único critério

Preto no Branco

Questionado pela coluna sobre o que o levou a convidar o vereador Edsom Sousa (CDN) a ser seu líder na Câmara de Divinópolis, o prefeito Gleidson Azevedo (PSC) resumiu em apenas uma palavra: experiência. E ele não está errado. É fundamental que se tenha mesmo, pois, além de conhecer “de cor e salteado” todos os trâmites da Casa, tem uma maior proximidade com colegas de outras legislaturas. Isso é fundamental, mas não basta. O mais importante é ter jogo de cintura e poder de articulação. Além, é claro, de bons argumentos para defender o chefe do Executivo. Não resta dúvida de Edsom tenha estes atributos, mas precisa se acalmar na hora dos seus discursos. Não que seja um defeito se exaltar, ao contrário, mas classe e elegância têm seu glamour. 

Se parecem 

Que me permitam Gleidson e Edsom, mas ambos se parecem quando o assunto é o temperamento. Aliás, o deputado Cleitinho Azevedo (CDN), irmão de Gleidson, também. Com eles, bateu, levou. Não levam desaforo para casa e respondem à altura. E isso não é defeito, visto que cada pessoa tem sua maneira de ser e é preciso respeitar. No entanto, em se tratando de política, por mais que tenha se tornado popular, gritar e responder mal não tem agradado boa parcela da população. Exemplo escancarado é do presidente Jair Bolsonaro, maior autoridade política do Brasil. “O falar pelos cotovelos”, prática cotidiana dele, não pode ter efeito agora, porém, não evitará consequências desastrosas no futuro. Isso é fato!

Troca-troca 

Os primeiros dias do ano vão passando rápido, com eles, as coisas se ajeitando. Isso no sentido das ocupações nos cargos da política local. Além de Edsom Sousa, Print Jr. foi eleito presidente da Câmara. Na Prefeitura, o prefeito diminuiu praticamente a metade dos cargos comissionados e afirma permanecer assim até o fim do seu mandato. No entanto, o que segue – vício, infelizmente, da política brasileira – são as ocupações arranjadas.  Assim, assessor da Câmara vai para a Prefeitura e vice e versa. Nesta gestão que se inicia, por exemplo, só em notícias já são seis assim. Quatro que foram do Legislativo para o Executivo e dois convidados por amizade. Ainda na Câmara, o coordenador de Comunicação, Elias Costa, por exemplo, pediu exoneração. Print promete anunciar sua equipe de trabalho no início de fevereiro. E já tem gente de olho para ver se ele cometerá os mesmos “deslizes” da Prefeitura. 

Foge do controle 

O que não consegue se arranjar mesmo na cidade são os casos de coronavírus. Somente nesta semana foram confirmadas nove mortes, chegando ao triste número 106 vidas perdidas para covid-19. Isso significa que a preocupação das autoridades de saúde sobre as festas de fim de ano se concretizou. Janeiro, a continuar com este aumento, pode bater o recorde de dezembro, que teve 19 mortes, e do mês segundo colocado, agosto, com 18. A situação é preocupante e resta saber se quem se esbaldou nos bares, nas ruas, nas festas clandestinas sem nenhuma proteção está agora pelo menos com a consciência pesada. Se tem parentes que agora lotam as enfermarias e CTIs da cidade infectados em razão da inconsequência de familiar, que não pensou nem nele próprio, quando foi contaminado e levou o vírus para casa. Tomara que seja só consciência pesada mesmo, porque a dor da perda de um ente querido, ainda mais por sua culpa, não se deseja para ninguém. 

À espera 

Os casos aumentam e quem ama sua vida e a do próximo, além de se proteger como pode, espera que a burocracia não mate mais ninguém e a vacina seja liberada. A passos de tartaruga, mas caminha. Por exemplo, o governo de Minas recebeu ontem mais um lote com aproximadamente 600 mil seringas agulhadas que serão utilizadas para a vacinação contra a covid-19 em Minas Gerais. O carregamento faz parte das 50 milhões de unidades adquiridas de forma antecipada pelo governo, seguindo o Plano Estadual para Vacinação contra a doença. O material será encaminhado às cidades por meio das superintendências e regionais de Saúde. Por aqui, o prefeito Gleidson disse que manterá a decisão do ex-prefeito Galileu Machado (MDB) na aquisição das vacinas.  Como em todo canto deste país, os divinopolitanos não veem a hora de, finalmente, serem imunizados. E quem não? 

 

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