‘Matar aulas reprova!’

Israel Leocádio 

 

Olá! Como vai? Quero confidenciar algo a vocês: sempre fui daqueles alunos que gostavam muito da escola. Nunca fui um C.D.F. (cabeça de ferro), nem um Nerd (Northern Electric Research and Development). Não cheguei a tanto. Eu era apenas um garoto normal, que tinha medo da reprovação. Um garoto que gostava dos cadernos e livros novos do início do ano e do cheiro deles. Eu me recordo de passar horas separando os cadernos e colocando meu nome neles. Folheando os livros, vendo as gravuras, até tentando entender algo. Realmente, amava os livros! Meu imaginário infantil era que encontraria colegas com a mesma motivação. E isso nem sempre acontecia!

Meu apego aos livros também era motivado por algo que aprendi com meus pais. Eles diziam: “Tire boas notas no início do ano. Aplique-se no início. E não terá que fazer esforço no fim do ano”. Isso sempre deu certo! 

Duas situações me entristeceram no período escolar: (1) os professores nem sempre tinham a mesma paixão para ensinar; (2) em período das “vacas magras”, tive que usar livros velhos. Tinha que apagar respostas (nem sempre apagáveis). Isso era terrível! Porque para mim não poderia haver aprendizado com respostas prontas.

Penso que Deus deseja que vejamos a vida como uma grande escola. Porque está escrito: “aprendei de mim...” (Mateus 11.29), ainda podemos ler: “sede meus imitadores, como também eu sou de Cristo” (1 Coríntios 11.1). O mundo é uma grande sala de aula e a vida é feita de uma série de lições. Por isso, Salomão confessou ter experimentado de tudo e aprendido que tudo é vaidade. 

Espere um pouco: há algo a ser considerado nesse contexto. Como aprenderemos sem bons mestres? Como seremos bons alunos, se não há quem ensine? Esta também é uma pergunta bíblica (Romanos 10.14). Não se pode esperar que sejam formados homens de bem, sem boas referências morais. Não se pode incutir em alguém confiança, quando faltam referências que alimentem tais sentimentos.

Por isso faço um clamor: sejamos mais fortes, para ensinarmos à próxima geração como ser fortes. Se não há força, ensinemos valentia. Se não há valentia, resiliência. Mas as gerações futuras precisam saber que lutamos, resistimos, tentamos. Se a vida é uma escola, a adversidade é uma prova. E, geralmente, professores se calam durante a prova (daí o silêncio do Mestre). Façamos a prova como quem aprendeu lições. Porque a vida aprovará os que aceitaram o desafio de aprender com as adversidades.

 

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