É golpe

Bob Clementino

Exonerar servidores comissionados da Câmara Municipal, sem antes reduzir salários dos vereadores, é golpe!

Trincheira, seu nome é Josafá!

Sempre foi assim quando uma obra pública importante é anunciada ou iniciada: vários políticos se assanham na disputa pela paternidade delas. No anel rodoviário de Divinópolis, há várias obras programadas para serem feitas. Exemplo: trincheira da Ibirité, JK e Icaraí, que, segundo o vereador Josafá Anderson (CDN), foram retomadas e seguem a todo vapor. O edil garante que está monitorando não só as obras, mas também os possíveis transtornos que possam representar para a região. Para essas obras, já apareceram nas redes sociais vários “padrinhos”.

Pelas minhas observações, uma, especificamente, tem o DNA do vereador Josafá: a trincheira que vai ligar os bairros Serra Verde e Alvorada, via rua Ibirité. A explicação é simples: esta obra atende à base eleitoral do edil, e ele já “brigava” por ela desde antes de ser vereador, quando era presidente da Associação Comunitária do bairro Serra Verde.

Vereador não faz obras.

E não faz mesmo! Mas pode pressionar deputados de seus partidos a obterem verbas para obras e articular com o prefeito (se o edil é da base) para conseguir melhorias para a cidade. E é público que o vereador Josafá Anderson comprou uma briga feia com a empresa Nascentes das Gerais para que as obras programadas para o anel rodoviário de Divinópolis saíssem do papel. E conseguiu! E, como já disse o edil: “foram retomadas e seguem a todo vapor”.

ELEGER para se eleger!

Parece estranha a manchete, só parece. Nada melhor para aumentar as chances de uma reeleição ou de uma eleição que uma boa assessoria. Ricardo Salgado, que já foi assessor político de vários deputados, criou a empresa “ELEGER”, que tem como objetivo auxiliar os políticos. A ELEGER oferece uma ampla gama de serviços aos pré-candidatos a vereador e prefeito que irão disputar a eleição de 2020.

Não deixam o “home trabaiá”

Galileu Machado (MDB) se elegeu prefeito porque 58.443 eleitores confiaram em sua capacidade administrativa, ou em sua fama de fazer obras, ou mesmo no seu prestígio pessoal. Neste mandato de 2017/2020, no entanto, nenhuma obra de vulto das suas promessas de campanha saiu do papel, ainda que se reconheça que algumas eram absurdas. Também, não podemos ignorar que alguns edis, o ex-governador Pimentel (PT), o atual, Zema (Novo), e até eleitores são obstáculos para Galileu administrar. Alguns vereadores que estavam na campanha do prefeito, e que não só pediram votos como avalizaram as promessas de campanha do então candidato Galileu, agem hoje como oposicionistas, negando, por exemplo, apoiar a revisão da planta de valores do IPTU, que robusteceria a receita do Município. A população tem que ser esclarecida quanto a esse assunto. Revisar a planta de IPTU é compatibilizar o imposto com o que vale o imóvel, não se justificando o proprietário pagar o tributo em valores de dez ou R$ 20, R$ 30, quando a avaliação real do seu imóvel indica R$ 800, R$ 1.000. Não se aplica à maioria das pessoas, mas há um número significativo que paga justamente nessa absurda desproporção, por não noticiar à Prefeitura ampliação do seu imóvel. Com relação a Pimentel e Zema, trata-se da conhecida atitude de segurar nos cofres do Estado verbas do Município.

Eleitores não deixam o “home trabaiá".

Sim! Os cidadãos/eleitores que reclamam de falta de obras na cidade são aqueles mesmos que, ao aumentar ou melhorar o padrão de acabamento de sua casa, não notificaram a prefeitura para a adequação da taxa de IPTU. Estou sendo mais realista que o rei? Não! O fato de as pessoas não informarem à Prefeitura as alterações feitas nas suas propriedades é uma forma de corrupção, à medida que negam estas informações para tirar proveito indevido da taxa de IPTU, pagando a menor.

Só para lembrar

O presidente Bolsonaro (PSL) obteve, em Divinópolis, 77.001 votos ou 65.17% dos votos válidos. Nas redes sociais, a pergunta curiosa, mas sem possibilidade de resposta, é: qual foi o eleitor número 1?

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