‘A Sétima Arte’ em exposição no próximo mês

 

Jorge Guimarães

Dando continuidade ao compromisso assumido com o rico patrimônio artístico da cidade e região, a Galeria Giva Sartori traz, em setembro, obras do artista plástico Bibi Notini, que também era dono de cinema e projecionista cinematográfico, com a exposição “A Sétima Arte”.

— “A Sétima Arte” compõe a exposição que a Galeria de Arte Giva Sartori deseja mostrar entre os dias 6 de setembro e 4 de outubro, aos admiradores da cultura mineira, em especial aos amantes das artes plásticas e do cinema e deste saudoso artista e personalidade tão marcante no filme da vida e dos corações de todos que tiveram o privilégio de conhecê-lo — define o curador da exposição, Clay Abreu.

História

Bibi Notini nasceu com o nome de Antonio Afonso Notini, em 26 de janeiro de 1918, em Carmo da Mata, cidade em que viveu até sua morte, em 31 de julho de 2013. Casado com Haroldina Rios Notini, teve dez filhos. Além de funcionário público, exercia a função de projecionista no seu próprio cinema, um dos primeiros surgidos no Brasil.

Artista autodidata começou a pintar após se aposentar da Coletoria do Estado, quando recebeu de presente de sua esposa uma tela, pincéis e tinta. Pintou o primeiro quadro e não parou mais. Como sofria de insônia, o novo ofício passou a ser sua companhia pelas madrugadas. Pode-se observar que suas obras são assinadas pelas letras RE que, como dizia o próprio artista, eram as iniciais de remédio. Muito sensível e inteligente, pintar para ele passou a ser uma maneira de existir. Era cura, era salvação. Suas obras traduzem o cotidiano de Carmo da Mata, sua terra, sua gente, seus costumes, sua cultura, seus mistérios.

Galeria

A Galeria de Arte Giva Sartori foi inaugurada em março deste ano, em Divinópolis, com a exposição “O Café e seus Senhores”, do escultor Sérgio de Carvalho.

— Surgiu da ideia de completar uma lacuna na cidade de Divinópolis e região, terra de ilustres artistas reconhecidos, nacional e internacionalmente, nas artes plásticas, literatura, música, teatro e no cinema, que não possuía um espaço para acolher todo este acervo cultural — conta Clay Abreu.

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